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Acidente com autocarro em Albufeira faz três mortos

19-06-2015 - Henrique Pratas

Vítimas são de nacionalidade holandesa e tinham acabado de chegar ao Algarve para passar férias.

Três pessoas morreram e 31 ficaram feridas num acidente no Algarve, ao fim da noite de quarta-feira, envolvendo um autocarro de passageiros que transportava 33 turistas holandeses acabados de chegar ao país para passar férias em Albufeira.

Para além dos três mortos, a proteção civil confirma que todos os outros passageiros, incluindo os restantes 30 turistas e o condutor português ficaram feridos, três deles em estado grave.

Dois helicópteros do INEM foram acionados e no terreno estiveram 156 operacionais (entre bombeiros, médicos e enfermeiros) e dezenas de ambulâncias, tendo sido montado um hospital de campanha.

O acidente na A22 (Via do Infante) ocorreu às 23h02 na zona de Paderne, no sentido Sagres - Faro, por causas ainda desconhecidas. O autocarro despistou-se e caiu numa ribanceira para uma estrada secundária.

Todos os feridos foram já encaminhados para os hospitais de Faro e Portimão, confirmou à Renascença o comandante operacional distrital de Faro, Vaz Pinto. Um dos feridos foi de helicóptero para o São José, em Lisboa.

Entretanto, o trânsito na Via do Infante esteve cortado várias horas mas já foi reaberto nos dois sentidos. A circulação já se faz com normalidade uma vez que a viatura acidentada já foi, entretanto, retirada do local.

O autocarro que se despistou na quarta-feira na Via do Infante, no Algarve, provocando a morte a três turistas holandeses, foi retirado às 07:00 da ravina onde tinha caído, disse uma fonte da GNR de Albufeira (Faro).

"O autocarro foi retirado do local cerca das 7h00. No local encontram-se ainda elementos da concessionária da autoestrada para avaliar as infraestruturas", informou uma fonte do destacamento de trânsito da GNR de Albufeira, distrito de Faro.

A mesma fonte adiantou que o trânsito estava às 7h30 a "fazer-se com normalidade".

A Frota Azul proprietária, através de Humberto Pedrosa o que comprou em parceria a TAP, do autocarro turístico remete esclarecimentos para mais tarde, mas confirma que a viatura envolvida no acidente faz parte da frota da empresa - que aluga autocarros turísticos no Algarve e pertence à Barraqueiro transportes.

Para mim mais importante do que dar notícia do acidente que ocorreu é questionar os motivos pelo qual se deu, já vi reproduzido em vários jornais que foi o motorista que revê uma indisposição e pergunto eu causado porquê e será só isso a viatura estava em condições mecânicas de circular em segurança.

Se não sabem ficam agora a saber esta atividade de transporte público de passageiros e no caso vertente de turistas em época de férias iniciou-se em abril e terá o seu términus lá para setembro e alguns dos motoristas que realizam este tipo de serviço são submetidos a uma pressão desmedida, porque têm que cumprir horários, estar no aeroporto às x horas, receber com delicadeza quem vem passar férias ao nosso País, transportá-los em condições de segurança e de uma forma afável ao hotel onde vão ficar, mas este ato no período de tempo que lhes mencionei repete-se vezes sem conta e como devem saber faz parte da imagem do País ter o autocarro que transporta as pessoas em condições de higiene, por isso e por outros motivos os autocarros têm que andar a “brilhar”. Mas na minha opinião e com conhecimento de causa deviam andar a brilhar, na verdadeira aceção da palavra, quero dizer que não devia ser uma aparência, mas sim efetiva.

Os autocarros deviam andar em condições de segurança e de imagem, já que é o que pretendemos vender, para isso era necessário que houvesse o tempo necessário para que os autocarros sofressem os serviços de manutenção que lhes são devidos e muitas das vezes não são porque não há tempo. Esta atividade sazonal obriga a que existam um número de autocarros a circular superior aos que existem, ora se a frota de autocarros não está dimensionada para responder a este pico de procura, há que “pedir” um esforço adicional aos veículos que prestam este serviço bem como aos seus motoristas e estes são pessoas têm os seus limites e este tipo de trabalho é extenuante.

Sem querer, atribuir culpas a ninguém porque não analisei a situação no local, nem todas as variáveis que lhe estão subjacentes e adjacentes, acho que seria bom que quando estes acidentes ocorrem se devam equacionar todas as hipóteses e mais alguma que me esqueci de enunciar, mas uma coisa eu vos posso adiantar com o meu conhecimento de causa é uma sorte não ocorrerem mais acidentes como aquele que constituiu noticia de hoje, porque quer o pessoal tripulante quer as tripulações nesta altura do ano andam nos limites do que é considerado razoável e quando se abusa podem ocorrer episódios como o de hoje.

A minha intenção ao elaborar este texto é chamar à atenção de algumas pessoas que criticam ou se insurgem contra protestos efetuados pelos trabalhadores dos transportes, não os vejam só na dificuldade que nesse dia vão ter para se deslocar de sua casa para o seu local de trabalho e vice-versa, a maior parte das vezes estão em causa as condições do exercício das funções dos tripulantes dos autocarros, ou a forma como o fazem utilizando frota que não reúne as condições mínimas para poderem circular em segurança.

O setor dos transportes é um setor muito particular a que todos deveríamos estar atentos, porque os donos das empresas sejam elas de transporte aéreo, terrestre ou marítimo, têm que rentabilizar ao máximo quer o pessoal operacional quer a frota disponível e onde é que vão economizar para aumentar as suas margens de lucro é na manutenção.

Como é do vosso conhecimento todo o tipo de transporte tem que ser sujeito a uma manutenção preventiva, para que ofereça condições de segurança àqueles que neles viajam, mas muitas das vezes arrisca-se e em vez de se fazer a devida manutenção hoje faz-se amanhã ou depois, alguns meios de transporte andam até aguentar se não acontecer nada ninguém sabe o pior é quando acontece o que aconteceu hoje aí todos nós ficamos “incomodados”, mas não questionamos os porquês mas isso é essencial. Esta situação é mais visível no transporte aéreo porque o organismo que tutela o desenvolvimento da atividade e muito cáustico, exigente na manutenção e nas condições de trabalho que lhes estão inerentes, mesmo nestes casos como é do conhecimento público de quando em vez há borrasca, se já reparam porque é que companhias que operam em regime de “low-cost”, que condições é que oferecem, muitas das vezes os aviões estão na “placa” o tempo necessário e suficiente para se abastecerem e tomarem rapidamente o rumo para outra viagem, a rentabilidade decorre do menos período de tempo em que o avião está parado. Eu posso-lhes escrever que na última viagem que fiz deste tipo o avião não teve sequer tempo para ser limpo, as garrafas vazias, os copos estavam na bolsa que se encontra no banco que está à nossa frente, as condições de insonorização não são as melhores, quero dizer o nível de ruído dos motores é mais acentuado dentro das cabines do que nos aviões que são aviões de bandeira. Eu como reparo em tudo ao entrar para o avião reparei que as uniões onde se porta de entrada estavam ferrugentas, o mesmo acontece se com os autocarros se repararem em muitos autocarros que andam a circular e a transportar pessoas, a porta do motorista não abre e em algumas o nível de ferrugem é tão grande que impede que estas sejam abertas. Reparem também nos pneus e vejam como muitas das vezes se encontram, a maior parte deles já não têm rasto nenhum ou muito pouco.

Como costumamos dizer que o barato sai caro e é muitas das vezes poupa-se onde não se deve poupar para obter lucros superiores àqueles que são desejáveis, só toda a gente deita as mãos à cabeça quando acontecem estas desgraças e aí normalmente tenta-se culpar o menos responsável.

Henrique Pratas

 

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