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AVÓS

12-05-2015 - Henrique Pratas

Não sei se conseguirei partilhar convosco as situações que vão ocorrendo neste País, mas irei tentar, a qualidade de avós devia conferir para os filhos dos seus filhos um outro estatuto que agora lhes é imposto por força das circunstâncias e não pelo único e natural facto de poderem usufruir do prazer que é ter netos e ter o tempo que têm para eles que muitos não tiveram para os filhos, porque a sua preocupação ao tempo era criar-lhes os meios e as condições necessárias para que estes pudessem ter uma vida melhor o que eles.

O que assistimos hoje é a um perfeita subversão destes valores, nos dias de hoje a maior parte dos nossos avós veem-se na obrigação de ajudar financeiramente, os filhos e netos, por força das circunstâncias criados no nosso País. O desemprego aumentou substantivamente, a emigração dos nossos jovens cresceu de uma forma indiscritível, apesar de o Governo afirmar e reafirmar que em nada contribuiu para este fenómeno ocorresse, mas mais uma vez estamos perante uma mentira. A maior parte das pessoas mais jovens ou menos jovens que viram vedadas o acesso ao mercado de trabalho em Portugal o que é que lhes restava fazer, era ficarem cá a viver à conta dos pais ou familiares, ou procurarem fora do País alternativas?

As pessoas que caíram em situação de desemprego em Portugal foram “empurrados” por este Governo e Presidente da República, que pelo facto de não ter poderes governativos, foi conivente com as medidas implementadas por este Governo e nada fez para que esta situação fosse infletida, agora vêm dizer que nada fizeram para que este fenómeno ocorresse e o Primeiro-Ministro afirma mesmo que temos fala de jovens licenciados.

Não brinquem mais com isto é um favor que nos fazem e não mintam, ou evoquem a falta de memória, empurraram os desempregados e não só para fora deste País não criando as condições necessárias e suficientes para que estes dessem o seu melhor ao País que os viu nascer e por terem dignidade, sem dignidade senhores governantes não quiseram continuar alguns deles a viver a expensas dos pais, sabem que podem fazer mais que têm capacidades e que querem desenvolver uma atividade profissional digna e não se recrutados através da militância nas diferentes “Js” dos partidos do arco da governação.

Os nossos jovens e menos jovens que caíram em situação de desemprego ou que não concordam com as medidas postas em prática neste País foram obrigados a ir-se embora do seu País e os responsáveis já foram sobejamente escritos, por isso a situação dos avós ficou perfeitamente alteradas quantos de muitos, que com as suas parcas reformas não ajudam os filhos e os netos, o povo português tem esta capacidade de entreajuda muitas das vezes desprezada pelos nossos Governantes, mas eles ajudam os filhos, os netos e sabem muito bem quando o podem e devem fazer, mas isto não devia constituir uma obrigação, necessidade deveria ser voluntária em meu entender, mas face ao “extermínio” de empregos que este DES) GOVERNO colocou em prática estes viram-se na obrigação de ajudar quando o podem fazer.

Temos que ter em conta os casos em que os avós não tem condições para poder ajudar os filhos e os netos e então são visíveis neste País situações de pressão e menos desejáveis neste País, filhos que batem nos pais, porque estes não lhes dão o que pretendem, avós a “viverem” em condições desumanas para poderem alimentar como podem os netos ou os filhos, esta situação foi criada por alguém não é responsabilidade dos cidadãos deste País, mas daqueles que os DES) GOVERNARAM, que conduziram o País a esta situação e são muitos.

Deixo aqui o meu reconhecimento a todos os avós que se encontram nestas situações que mencionei e a todos os que se encontram noutras situações que não referi, trabalharam para chegar a uma reforma ou aposentação, sem preocupações, obrigações, para recuperarem um pouco da vida que não puderam viver mas chegado esse momento não o poderem fazer, porque lhes reduziram as pensões e “caíram” numa situação em que um dos maiores valores que uma sociedade pode ter a “solidariedade” ajudam como podem os netos e os filhos.

Lisboa, 11 de junho de 2015

 

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