A “via verde” dos medicamentos
29-05-2015 - Henrique Pratas
O Sistema vai garantir que o doente tenha sempre acesso a um fármaco, desde que tenha consigo uma receita médica.
Está a chegar a “via verde” dos medicamentos, um sistema que garante que nenhum doente com receita médica vai esperar mais do que algumas horas para ter os fármacos nas mãos.
O presidente da Autoridade Nacional do Medicamento (INFARMED) afirmou que o processo está quase concluído e deve ser uma realidade já em junho do corrente ano.
É um sistema com uma plataforma gerida pelo INFARMED, que controla as disponibilidades dos medicamentos em todo o país.
Se o medicamento estiver com pouca disponibilidade no mercado pode recorrer-se aos ‘stocks’ de segurança (que existem para todos os fármacos essenciais, porque não têm alternativa ou porque comprometem o estado de saúde) para o fazer chegar ao doente,” garantindo que as exportações ilegais de medicamentos serão mais raras, mas ainda acontecem.
Há uma lista de medicamentos que vai sendo atualizadatodas as semanas e, portanto, sabemos que há um conjunto que vai faltando, depois são repostos e faltam outros. Não há um padrão, mas há sempre um conjunto de medicamentos em falta, e isto em todo o país.
À medida que eles faltam nós intervimos, no sentido de proibir a sua exportação e, muitas vezes, também junto dos fornecedores para nos ajudarem a colmatar essas falhas.
As faltas têm vindo a diminuir desde há doisanos.
Bem isto é o que é afirmado nesta época pré-eleitoral passamos da escassez de meios e recursos para a abundância, as promessas que eu já ouvi são mais do que muitos até tenho receio que reduzam o horário de trabalho semanal de 40 para 30 horas e o que é que as pessoas vão fazer, estão habituadas a estar numa empresa/organização 8 h por dia se passarem para 6 h diárias, com certeza que a maior parte delas não sabe o que fazer no tempo que lhes fica disponível.
Esta criação da via verde nos medicamentos, constitui uma ideia peregrina, não sei se já colocaram pórticos nas farmácias para que o avio do receituário seja feito de forma imediata, há espero que se tenho lembrado daquelas farmácias que não são autoestradas, mas sim SCUTS instalem leitores óticos para que o receituário vá parar de forma imediata aos utentes, senão o “belo” sistema pensado por alguém que tem pouco que fazer não vai funcionar de todo.
Obviamente que eu estou a brincar com esta “palhaçada” toda parece que não temos coisas mais prementes para resolver, nomeadamente o de garantir níveis de rendimentos, sejam eles de cariz de trabalho efetivo ou das reformas, as pessoas precisam urgentemente de ter dinheiro para ter condições de vida condigna, não vale a pena estar a introduzir melhorias nos diferentes sistemas se não se criarem as condições necessárias para que TODAS as pessoas possam ter acesso à implementação de novos procedimentos ou melhorias, estes só se concretizam se as pessoas puderem e tiverem capacidade para os utilizar, se assim não for não serve de nada, é dinheiro deitado à rua.
As promessas como ouvimos dos nossos avós são levadas pelo vento, não enganem mais o pagode, já estamos fartos de mentiras, mudem de rumo, ganhem vergonha na cara e quem vier a exercer o poder em lugares públicos, voltem-se de todo para a gestão da “coisa pública” (rege pública) e não dos seus interesses pessoais, políticos, de um grupo restrito de pessoas por forma a satisfazer as necessidades de uma Nação que anseia por melhores condições de vida.
Henrique Pratas
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