Feliz dia da mãe, mãezinha!
08-05-2015 - Henrique Pratas
As sociedades precisam das mães e dos seus filhos, do cuidado e do tempo que dedicam aos seus filhos.
No domingo passado, celebrou-se mais um dia da mãe, eu já não conto com a minha perto de mim para celebrar este dia infelizmente, porque ela decidiu partir sem me pedir autorização, fiquei chateado, aborrecido, desamparado, revoltado porque não achei justo, a minha mãe já partiu mas está sempre comigo ela para mim é imortal.
Sempre gostei deste dia. Foi, durante a vida da minha Mãe, uma oportunidade para de forma particular a poder mimar, a tentar compensar de muitos esquecimentos, e de alguma maneira voltar ao seu colo, e ouvir o que sempre tinha para me ensinar, coisas pequenas e coisas grandes, sempre em busca daperfeição, a conquista da liberdade, o sentido da responsabilidade.
Como alguns dos dias que se comemoram, está associado a fins comerciais, a actos fortuitos, passageiros, inconsequentes. Contudo, muitos destes dias comemorativos estão muito além do espalhafato comercial associado. Querem, penso eu, acima de tudo assinalar o reconhecimento da importância de determinado facto.
Da importância de ser mãe. Sem dúvida. Do mistério da vida, da gratuitidade, da invisibilidade do cuidar e ajudar a crescer, mas também do caminho imenso ainda por percorrer para que a maternidade não seja um ónus, um factor de descriminação, de tratamentos desiguais, para que seja valorizada.
Do caminho imenso, para que todas as mulheres tenham liberdade para poderem escolher.
As sociedades precisam das mães e dos seus filhos, do cuidado e do tempo que dedicam aos seus filhos. No entanto, as sociedades e os seus governos consentem,
entre outros, na persistência de remunerações desiguais e das dificuldades de acesso a postos de trabalho, factores que traduzem a irrelevância política e económica das funções que exercem.
Festejar o dia da mãe é também lembrar sempre o que ainda falta fazer , para que cada mulher possa ser mãe, em liberdade.
Henrique Pratas
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