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Câmara Municipal, para fazer mal, mais vale não fazer!

10-10-2014 - Eduardo Milheiro

Um dia destes caminhava pelo passeio, em frente à casa que em Almeirim conhecemos pela casa do Dr. Albergaria, com um amigo que me tinha vindo visitar e ia com a ideia de lhe mostrar a Praça de Almeirim, como sempre foi conhecida. Neste percurso, ele perguntou-me o que era aquela “marquise”, embutida no chão, no meio do passeio de calçada portuguesa.

Respondi-lhe dizendo que numa Presidência da Câmara anterior à actual, tinha sido um achado arqueológico, porém, nunca tinha ficado bem identificado, havia quem dissesse que não tinha grande valor arqueológico, outros que seriam os túneis de saneamento de uma época mais remota.

Perguntou-me quem tinha feito aquela obra, pois os vidros que supostamente permitiam a visualização das referidas estruturas, estavam cheios de gotas de água - consequência da condensação - o que dificultava a função para a qual tinham sido ali colocados, ou seja, deixar a descoberto aquelas antigas estruturas. Eu então respondi, que apesar de durante algum tempo ter tido iluminação, eu também nunca tinha conseguido ver nada. Pelo que sei, esta obra foi concebida por algum técnico da Câmara Municipal, que pelos vistos não percebe nada do assunto, pois se percebesse, mesmo não havendo interesse histórico, a colocação da estrutura envidraçada deveria permitir ver-se o que está por baixo do solo.

O que ali está deveria envergonhar quem fez tal obra, assim como os responsáveis camarários que permitiram que a obra se fizesse desta forma, pois mais uma vez foi ali gasto dinheiro do erário público, ou seja, dinheiro de todos nós.

Reforço a ideia dizendo que alguns entendidos no assunto, não lhe atribuem grande valor histórico, tratando-se apenas de algumas condutas antigas que ali se encontravam. Toda esta polémica surgiu pela suposta existência de túneis do Paço Real, em que um deles ligaria Almeirim a Santarém.

Servindo ou não património arqueológico, não seria de bom senso retirar esta obra de engenharia civil, bem como os fios eléctricos que supostamente devem lá estar para as lâmpadas que outrora iluminaram o achado, aterrar e colocar novamente a calçada portuguesa? Penso que sim, porque assim poupavam-nos, a nós cidadãos, que gostamos de mostrar a cidade onde vivemos, desculpas esfarrapadas a quem nos visita.

Eduardo Milheiro

 

 

 

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