8647: antigo diretor do FBI acusado de incitar ao assassinato de Donald Trump

23-05-2025 - José Costa

O antigo diretor do FBI James Comey, está a ser investigado após ter publicado no Instagram uma foto que foi interpretada como uma ameaça a Donald Trump. A secretária de Segurança Interna dos EUA, Kristi Noem, anunciou a abertura de uma investigação ao caso.

Numa publicação no seu perfil no X/Twitter, Kristi Noem anunciou que “o ex-diretor do FBI, James Comey, acabou de pedir o assassinato do Presidente Donald Trump. O Departamento de Segurança Interna e o Serviço de Inteligência estão a investigar esta ameaça e responderão de forma adequada”.

A investigação foi iniciada depois de o antigo diretor do FBI ter publicado uma fotografia na sua página de Instagram com os números “8647”.

Segundo o dicionário Merriam-Webster, o número 86 pode ser associado à palavra “remover” ou “livrar-se” de alguém, enquanto que o número 47 corresponde a Donald Trump, que é o 47ª presidente dos EUA.

James publicou a foto de várias conchas que juntas formavam o número “8647”, com uma legenda na qual se podia ler: “Curiosa formação de conchas durante o meu passeio na praia”.

O antigo diretor veio prontamente declarar que o “post” se tratava efetivamente de uma mensagem política, mas que não tinha o significado que a maioria das pessoas pensava.

“Não sabia que algumas pessoas associavam esses números à violência. Nunca me passou pela cabeça, mas oponho-me a qualquer forma de violência, por isso apaguei o post“, escreveu James Comey no seu Instagram.

A diretora da agência norte-americana de Inteligência Nacional, Tulsi Gabbard, considera que o ex-diretor deveria ser preso por ameaça ao presidente. “Já vimos tentativas de assassinato. Estou muito preocupado com a vida de Trump”, disse Gabbard.

James Comey, nomeado diretor do FBI pelo antigo presidente Barack Obama, foi demitido por Donald Trump em 2017, durante o primeiro mandato do atual presidente.

A demissão, ocorrida precisamente na altura em que Comey investigava a alegada “conspiração russa” que teria ajudado à vitória de Trump, foi na altura bastante contestada.

Fonte: José Costa, ZAP //