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Marcelo o comentador

12-11-2021 - Fernando Condesso

Marcelo anteriormente comentador e eventual recandidato a líder do psd e a primeiro-ministro ou a presidente, sentia e temia as mesmas hipóteses em Rui Rio e nem sempre foi gentil com ele.

Mas, hoje, a questão que o faz agir e de que o seu amigo Marques Mendes e conselheiro se faz eco é esta: Marcelo sabe que o seu poder, no tempo que resta, será maior ou menor, em intervenção político-pública na vida nacional, até ao fim do seu mandato, depende de ter um governo minoritário e desde logo uma convivência sem novidades por parte de António Costa, ou não.

Enquanto que a vitória de Rio, com um governo de maioria unipartidária ou em coligação de direitas, reduz a sua influência na vida política. O futuro é claro: se for Rangel a chefiar o PSD perde as eleições no povo apesar de as ganhar no clube partidário e sua conjugação de lógicas de interesses, sem que o PS tenha maioria absoluta,  o que mantém o semipresidencialismo a funcionar e o rei Marcelo.

Mas, se o candidato do PSD a governar, for Rui Rio, este pode ganhar e pode mesmo ter maioria absoluta, pois o PS já não ganha e vai mesmo perder votos ao centro e o que vai roubar à sua esquerda pode não compensar. Uma coisa é clara: toda esta "luta" pré-eleitoral interna está a promover o PSD e a apaixonar a opinião pública. Se ficar Rui Rio, ganha as eleições com muito mais facilidade do que Rangel,  pela impressão generalizada de político sério e  experiente , capaz na Câmara do Porto,  responsável numa oposição em tempo difícil e colaborante com os governos no que tange aos grandes interesses nacionais, etc...

Muitos dos que abominaram Passos Coelho e votaram Costa estão dispostos a voltar e votar Rio, mas neste momento não querem um opositor seu que o impeça de ir a votos em eleições que estão à porta e que acreditam que ele poderia ganhar....

Se, hoje  sair um acordo sobre a data e, depois, houver paz e Rio ficar a liderar, isso é uma vitória para o PSD que pode ter repercussão nas eleições, pese aos analistas precipitados, que acham esta luta é má e que Rio, de facto, é um "confuso" troca-tintas,?.

Eu vejo uma lógica cristalina e racional: ele começa normalmente a querer antecipar o processo eleitoral interno para antes de Fevereiro, para se reforçar na liderança, face à dinâmica de vitórias autárquicas, mas face à afirmação rotunda do presidente de que podíamos ter eleições se o orçamento não passasse e sendo isso possível, quis desfazer essa antecipação, sendo certo que ou ganharia ou demitir-se-ia; mas  como há uma maioria no Conselho Nacional do PSD contra e  de facto, há já eleições, então, uma maneira de prejudicar menos as possibilidades de êxito na campanha, é precisamente antecipar ao máximo possível os actos eleitorais internos  para se decidir do candidato e preparar rapidamente as eleições.....

 

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