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Desculpas de mau pagador, confundir incompetência com abertura de fronteiras

04-06-2021 - N.A.

Costa justifica multidão de adeptos sem 'bolha' com abertura de fronteiras

Confrontado com uma chuva de críticas, que se estendeu ao Presidente da República, António Costa admite que "não correu tudo bem" no final da Champions, que reuniu milhares de adeptos ingleses no Porto sem a prometida 'bolha'.

António Costa admite que "não correu tudo bem" na final da Liga dos Campeões, com milhares de adeptos nas ruas do Porto sem máscara nem distanciamento, mas atribui o sucedido ao facto de as fronteiras estarem agora abertas aos turistas, mas a ministra Mariana Vieira da Silva também tinha dito que os ingleses vinham em bolha e saiam em bolha.

Segundo o primeiro-ministro, que falou na segunda-feira no Parlamento, o que estava acertado é que 12 mil adeptos dos dois clubes viriam em bolha e "9800 vieram" nessa situação, 80% do total - "não foi 100%, é verdade, foi 80%". Já os restantes ter-se-ão deslocado a Portugal enquanto turistas, ficando assim à margem das regras fixadas, uma situação que António Costa atribui à abertura de fronteiras, que ocorreu já depois do "momento em que o acordo [com a UEFA] foi feito".

Tínhamos os meios para controlar os ingleses, o que aconteceu foi a ineficácia e o desnorte do Ministro Eduardo Cabrita.

Admitindo que "houve claro e manifesto incumprimento das regras", António Costa diz que "este fim-de-semana não pode servir de exemplo, deve servir de lição", e que não é por haver situações de incumprimento que as regras deixam de ser legítimas, só que me parece que não há lições que ensine este governo.

Já sobre as palavras de Marcelo Rebelo de Sousa, que já veio sublinhar publicamente que "não é possível dizer que [os adeptos] vêm em bolha para assistir a um espectáculo desportivo e depois não vêm em bolha, não é possível", Costa escusou-se a comentar - "Obviamente não compete ao Governo avaliar a avaliação que o Presidente da República faz de cada uma das circunstâncias".

Parece que finalmente o Presidente da Republica parece deixar para trás a paz podre e começou a dizer as verdades.

"Temos que dar melhor informação aos turistas sobre quais são as regras em Portugal", disse ainda Costa, acrescentando que já foi identificado que os folhetos informativos distribuídos pelas companhias aéreas só fazem referência ao uso de máscara em espaços fechados e não nos espaços ao ar livre, o que deverá ser corrigido. "Temos de dar melhor informação", defendeu Costa, argumentando que o "nível elevado de disciplina" dos portugueses no cumprimento das regras de protecção contra a covid-19 não é comum noutros países.

Esta informação que Costa diz que tem de ser dada parece a conversa de um mestre-escola na tentativa que os alunos ganhem tino e se portem bem, mas com ingleses bêbados e hooligans não pode ser assim.

Em resposta a perguntas dos jornalistas, e questionado sobre a razão porque não foi acautelada a vinda de turistas, António Costa referiu que "não podemos dizer que queremos turistas e depois dizer que não gostamos de turistas". Já quanto a eventuais consequências políticas dos acontecimentos do último fim-de-semana, o líder do Executivo deixou a pergunta sem resposta, aqui já é conversa da treta para quem não tem coragem ou não quer assumir a realidade dos factos.

N.A

 

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