MAÇONARIA e notas dispersas contra a ignorância histórica:

02-04-2021 - Fernando Condesso

1.O SNS, em Portugal, foi criação do grão-mestre António Arnaut.Militares de Abril foram maçons. Cientistas de renome foram maçons. Revolucionários contra regimes opressores foram maçons.As independências de todas as Américas (do norte, centro, Caraíbas e sul) foram obra de maçons. A construção e luta pelos direitos humanos, pela democracia e pelo Estado Social, a luta de sempre contra as monarquias absolutistas e as ditaduras; sim, foram obras lançadas pelos maçons, gente de que fogem Trumps, Pens, Bolsonaros e todos os extremistas da política em todo o mundo, assim como foram agentes de luta permanente para a restituição à democracia dos regimes militares; a luta contra a inquisição; o Estado social (comungando com o pensamentos dos Papas sociais), etc. Afinal, a reconfiguração da Europa e de todo o mundo ocidental atual.

2.Por quê Rui Rio, tal como Franco ou Hitler ou os nossos militares do golpe de Braga na década de 20, levantas a bandeira contra a maçonaria? Não tenhas medo: dizem-me que, consultando as listas de mestres maçons do GOL, não constam nem Montenegros nem Relvas, nem..., nem..., nem…. Os que publicanente te disputam o lugar são gentes e organizações de imitações? Mas, por acaso, do Grande Oriente Lusitano não são, nem este faz discriminações partidárias. Aliás, o confronto de capacidades de liderança é um problema de méritos políticos e não de valores maçónicos. Os irmãos maçons apoiam-se na pobreza (saco da viúva), na doença, nos infortúnios, e convivem promovendo valores, não pessoas. Os líderes partidários que vieram e virão são produzidos nos debates e programas das televisões e clubes de futebol. E a cultura de corrupção nas associações académicas, jotas dos partidos e administradores empresariais que pagam campanhas eleitorais em troca de lugares políticos cujas nomeações partidárias os cidadãos não controlam.

3.Em Portugal e no mundo, todos as intenções de projetos de leis contra a corrupção nas décadas 90 e já neste século, foram de maçons: vejam-se as notícias em jornais, v.g., no Público, de 1995 e as da década seguinte, sempre abortadas pelos partidos, que logo tiram os autores das listas de deputados (PSD) ou os colocam na Europa (PS), etc. etc. Os maçons não são promovidos por o serem. Mesmo na política são lógicas oligárquicas e osmoses com os senhores do dinheiro, que dominam as escolhas. Na década de setenta e oitenta, sem ser maçom, fui cofundador na vida partidária, dirigente partidário e líder parlamentar, presidente de comissões políticas nacionais e estrangeiras, fui eleito presidente do intergrupo federalista europeu, pertenci à ANato, fui observador à UEO, deputado nacional e europeu, vice-presidente da AP dos 88 países membros da associação CEE-ACP, etc.. E vejo na imprensa e internet, muita gente indicada como maçom sem o ser realmente e outros claramente comprometidos com obediências religiosas que o são. Uma grande maioria de padres franceses foram sendo e suíços e mesmo bispos e cardeais deste país o são.Veja-se a defesa, nesta semana, que o Cardeal responsável pela Cultura na Cúria do Vaticano faz dos valores praticados na maçonaria.

4. Porquê o sincretismo? porque os maçons são verdadeiramente importantes em regimes ditatoriais. E como a democracia nunca é uma conquista irreversível, importa guardá-los em democracia para não serem eliminados quando as ditaduras chegam: porque será que por exemplo, Hitler e Franco, mal chegaram ao poder organizaram, encomendaram e realizaram o assasinato dos mais importantes maçons alemães e espanhóis, à queima-roupa? Respondo: porque seus nomes foram conhecidos. E só acrescento o seguinte: os maçons defendem e lutam pela democracia e seu aprofundamento, as liberdades e direitos assim como em geral o progresso da humanidade, mas não pretendem ser mártires de nenhuma religião às mãos de ditaduras.Sabemos que atacá-los, mesmo simbolicamente sabendo que não os podem eliminar, foi (e pelos vistos) continua a ser tática de recado para se protegerem contra perseguições de ditadores futuros, assim foi noutros tempos, é agora e será no futuro. Acontece que o maçom, não tendo de ser mártir, tem todo o direito a poder confirmar ou negar essa qualidade. Quem garante que, embora naturalmente nunca iniciando um ataque, quando alguém ataca, ele próprio (a semente tem de sobreviver para um dia vencer as ditaduras), mesmo que homem de partido, pode alinhar nessa demarcação, sem que se fique a saber, com a mínima certeza, quem realmente é ou não maçom. Assim foi na Alemanha, em Espanha, em Portugal, etc. Também nas perseguições peninsulares aos judeus e "mouros", muitos se converteram na rua e continuaram a sê-lo dentro de casa….

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“O filho do pai” de Carlos Maia Teixeira:

[Chorei ontem, 18 de Março, os 707 anos onde , na fogueira da Inquisição, o último Grão Mestre dos Templários, Jacques de Molay, perdeu a vida, junto a Notre Dame de Paris.

Dele disse Fernando Pessoa:

“Ter sempre na memória o mártir Jacques de Molay, Grão Mestre dos Templários, e combater, sempre em toda a parte, os seus três assassinos-- a ignorância,o fanatismo e a tirania.”

Foi o maior amigo de Filipe IV, o Belo e do Papa Clemente V, que serviu “em nome do Pai.”

E derramei lágrimas em dobrado ao lembrar a morte dos Cátaros a mando papal:

“Matem-nos a todos! Deus conhecerá os seus.”

Fiquei chocado e perplexo quando, inadvertidamente, passei os olhos e os ouvidos pelos habituais disparates da “quadratura do círculo”, assim em minúsculas, agora rebatizado e transferido de canal por desinteresse do público.

Quiçá por isso, resolveu um Lobo , discípulo de Xavier ,estalar o verniz democrático, e ofender milhares de portugueses de um modo covarde , sem provas e com relatos diferidos de extorsão praticados por maçons, o que num conselheiro de Estado formado em Direito é terrivelmente preocupante para a saúde mental dos espectadores.

Sem mencionar um evidente conflito de interesses,o que é primário em análise política, o conhecido homem da “Opus Dei”fez-me lembrar o “filho da mãe” do bispo primaz de Braga, bastardo de uma freira ,Madre Madalena, com o Rei D. Pedro V, dizendo à sua progenitora que só queria ser filho do pai!

A expressão “filho da mãe”nasce assim no léxico luso e tão bem ele se cola ao distinto conselheiro de Estado! Este não normal comentador é filho do Rei no Conselho de Estado e filho da mãe na Opus Dei.Brilhante.É sempre bonito e de bem andar a dois carrinhos.

Aprendeu com o fundador da “Obra de Deus”, um Josémaria Escrivá de Barraguer cujo caminho foi cativar os nazis ,como em Guernica , e ocupar o poder no Vaticano com Papas por si escolhidos.Assim como os ovos dos cucos são ocupas, os ovos do Império Romano foram ocupados pelo Papado, a “prelazia de Santa Cruz e Opus Dei” foi a prelatura pessoal de João Paulo II,ratificada a 28 de Novembro 1982, ocupou o Vaticano e sua santificação tem sido prioritária para a “Obra”. Esta prelatura pessoal é a única existente actualmente no ordenamento católico! Constatar o ar ecuménico desse Xavier e a separação das águas com outras associações discretas raiou o trágico.O maior poder económico no Mundo tem nome:Opus Dei.Os MBA que patrocina vão de Barcelona a Xangai, passando por S. Paulo,

Nova York ,Nova Deli,Tóquio, Londres ou Berlim…Um fartar vilanagem!

São a maior organização de poder social, financeiro e religioso no mundo e a sua influência é malignamente global.Importa saber que as mulheres na “Opus”são “as servas” e não têm dignidade alguma.Estão no mesmo plano das mulheres no fundamentalismo islâmico.

Basta ler o relato da escrava de Josémaria, Maria del Carmen Tapia , durante 40 anos em servidão.“Tras el Umbral”devia ser ensinado na catequese.Tive pena de não haver agora um António Arnaut, um Fernando Vale, um Emídio Guerreiro a explicar o que é ser maçon.

Espero ainda ouvir o António Valdemar ou o António Ventura , numa postura que não insista na aparente superioridade do “anda Pacheco” , bombeiro de ocasião ao fiel amigo do bacalhau.Neste entretanto vou-me valer outra vez de Fernando Pessoa:“A Maçonaria não conhece os mistérios mas envolve-os; desvia-se dos caminhos e das iniciações;deixa a ciência por onde passa; nega a magia que atravessa. E quando chega a Deus não para.Os maçons são irmãos ,não sócios ou associados.

São irmãs e irmãos por nascerem como tal.Tem um sentido profano:É como o tacto das coisas,obscuro e material. Tem um sentido alegórico:É como o gosto, que é um tacto íntimo, mas ainda imaterial.Tem um sentido material.É como o olfacto, que é o gosto desfeito, entendido na sua essência e na definição do que o deu.Tem um sentido espiritual.É como o ouvido, que é o contacto da nossa essência com outras essências e com outros entendimentos.Tem , provavelmente, um sentido divino, que não podemos ter sendo homens, onde se atinge a plenitude do conhecimento, já sem tacto, sem contacto e na luz que é representada pela vista.”

Espero que ,mesmo efémera a mente,estes meros conceitos sejam pagináveis na inteligência rara e superior de quem não se vê de avental…Acontece a quem não está habituado a servir e passou toda a vida a ser servido e bajulado.

Não se encha de pesadelos com o seu trauma, provavelmente de infância,das caveiras…

Lembre-se de Descartes, o do penso logo existo, a quem furtaram do caixão a dita…E espero com sinceridade e estima que lhe seja interdito cerimónias de iniciação.

Eu explico, de novo com Fernando Pessoa:“O significado real da iniciação é que este mundo em que vivemos é um símbolo e uma sombra.Que esta vida que conhecemos através dos sentidos, é uma morte e um sono, ou por outras palavras, que o que vemos é uma ilusão.A iniciação é o dissipar dessa ilusão”.Isto não é a história do P.C.P. que proíbe os seus militantes de pertencerem à Maçonaria, nem as virtudes celestiais de Álvaro Cunhal.Estes são os seus galhos.Igualmente o nazismo e a Opus são matéria para outros macacos e respetivos padrinhos.

Que vos faça bom proveito!

Se não for excessivo para os vossos cérebros privilegiados e abastados recordem o 31 de Março de 1821.Eu explico:

Comemora-se nessa data com 200 anos de vida, a morte da Inquisição.Durou a maldita 285 anos!Este é um povo que resiste à desgraça.

Viva a Liberdade.Viva.

Viva Portugal.Viva."

Notas dispersas contra a ignorância histórica:

1.O SNS, em Portugal, foi criação do grão-mestre António Arnaut.Militares de Abril foram maçons. Cientistas de renome foram maçons. As independências de todas as Américas (do norte, centro, caraíbas e sul) foram obra de maçons. A construção e luta pelos direitos humanos, pela democracia e pelo Estado Social, a luta de sempre contra as monarquias absolutistas e as ditaduras; obras lançadas pelos maçons, gente de que fogem Trumps, Pens, Bolsonaros e todod os extremistas da política em todo o mundo, assim como uma luta permanente para a restituição à democracia dos regimes militares; a luta contra a inquisição; o Estado social (comungando com o pensamentos fod Papas sociais), etc. Afinal, a reconfiguração da Europa e de todo o mundo ocidental atual.

2.Por quê Rui Rio, tal como Franco ou Hitler ou os nossos militares do golpe de Braga na década de 20, levantas a bandeira contra a maçonaria? Não tenhas medo: dizem-me que, consultando as listas de mestres maçons do GOL, não constam nem Montenegros nem Relvas, nem..., nem..., nem…. Os que se te opõem são gentes e organizações de imitações? Do Grande Oriente Lusitano não são nem faz descriminações partidárias no Os líderes que vueram e virão são produzidos nos programas das televisões e clubes de futebol. E a cultura de corrupção nas associações académicas, jotas dos partidos e administradores empresariais que pagam campanhas eleitorais em troca de lugares políticos cujas nomeações partidárias os cidadãos não controlam.

3.Em Portugal e no.mundo, todos as intenções de projetos de leis contra a corrupção nas décadas 90 e já neste século, foram de maçons: vejam-se as notícias em jornais, v.g., no Público, de 1995 e as da década seguinte, sempre abortadas pelos partidos, que logo tiram os autores das listas de deputados (PSD) ou os colocam na Europa (PS), etc. etc. Os maçons não são promovidos por o serem. Mesmo na política são lógicas oligárquicas e osmoses com os senhores do dinheiro, que dominam as escolhas. Na Década de setenta e oitenta, fui cofundador na vida partidária, dirigente partidário e líder parlamentar, presidentecde comissoes políticas nacionais e estrangeiras, deputado nacional, europeu e na Cee-Acp, sem ser maçom.

4. Porquê o sincretismo? porque os maçons são verdadeiramente importantes em regimes ditatoriais. E como a democracia nunca é uma conquista irreversível, importa guardá-los em democracia para não serem eliminados quando ascditaduras chegam: porque será que por exemplo, Hitler e Franco, mal chegaram ao poder organizaram, encomendaram e realizaram o assasinato dos mais importantes maçons alemães e espanhóis, à queima-roupa? Respondo: porque seus nomes foram conhecidos. E só acrescento o seguinte: os maçons defendem e lutam pela democracia e seu aprofundamento, as liberdades e direitos assim como em geral o progresso da humanidade, mas não pretendem ser mártires de nenhuma religião às mãos de ditaduras.Sabemos que atacá-los, mesmo simbolicamente sabendo que bão os podem eliminar, foi (e pelos vistos) continua a ser tática de recado para se protegerem contra perseguições de ditadores futuros, assim foi noutros tempos é agora e será no futuro. Acontece que o maçom, não tendo de ser mártir, tem todo o direito a poder confirmar ou negar essa qualidade. Quem garante que, naturalmente nunca iniciando um ataque, quando alguém ataca, ele próprio (a semente tem de sobreviver para um dia vencer as ditaduras), mesmo que homem de partido, pode alinhar nessa demarcação, sem que se fique a saber, com a mínima certeza, quem realmente é ou não maçom. Assim foi na Alemanha, em Espanha, em Portugal, etc. Também nas perseguições peninsulares aos judeus e "mouros", muitos se converteram na rua e continuaram a sê-lo dentro de casa….

Fernando Condesso