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Tens Razão

22-01-2021 - Fernando Condesso

Tens razão. Eu tinha escrito antes destas medidas (com comentário concordante do Irmão Rogério, que disto percebe profissionalmente, e que junto a seguir ao meu texto, que difundi noutra rede e cujo conteúdo mantenho, melhorando apenas a sintaxe do texto anterior, escrito a correr, enquanto não entrava no oftalmologista:

A)-"O cidadão comum constata que nem o Governo, nem o Presidente, nem os seus especialistas de pandemias e de critérios de vacinação acertam nas suas decisões-opções.

Nem na defesa da saúde dos portugueses,

(com as suas meias e ineficazes restrições e "sanções" de tipo peditório, ou aconselhamento religioso, com pagamento noutra vida), assim, julgam que sem custos eleitorais, eliminando a necessária autoridade do Estado, aliás democrática. Mas, assim, também não acertam na defesa da economia (que entra em choque aos poucos e, portanto, com repetições e inseguranças, se torna recessão em doença crónica). E a vida política continua como se tudo estivesse normal: com a tanga intencional de que não trataram de adequar a Constituição ao momento (de momentos a porvir).

Ora, a Constituição rege para uma normalidade, que aliás as sentenças mutantes de todos os tribunais constitucionais e também muitas normas europeias (sem já darmos por elas e sem revisão formal) já causam. E isto, pela força indiscutida das coisas.

Face a esta pandemia, políticos responsáveis já deveriam ter acordado no adiamento; aliás, mesmo sem acordo, os governantes deveriam tê-lo feito, pois as vidas humanas não podem ficar pendentes de acordos.

Face à cláusula metalegal (bem conhecida dos juristas, de exceções à norma em situações extremas, como a atual, mesmo em matéria constitucional, desde logo e sobretudo, se está em causa a defesa da vida da generalidade dos cidadãos (com mortes que podem ser poupadas ou reduzidas) deviam adiar a data eleitoral mesmo sem necessidade de revisão, deixando de usar a letra da Constituição para o impedir: ato excecional, que se repetido se tornaria aliás norma consuetudinária.

Todas as Medidas restritivas são sempre prejudiciais à economia, mas, se inadequadas, parcelares, sem real eficácia são um mal inútil. Como resolver a questão da saúde a sério, apenas com meias soluções, por inadequadas e insuficientes, quer nos confinamentos, quer nas opções de vacinação (idosos só se se internarem em lares?; doentes crónicos no fim?).

Não resolvem o problema em causa e criam muitos outros sem proveito, ao terem de se repetir e repetir...Num sistema de saúde, institucionalmente, em parte despojado e, em parte, entregue a privados gananciosos (por vezes, apenas aqui, pois são de poderes públicos na sua origem), ao longo desta segunda década de austeridades. Um sistema, antes como agora, não preparado para as necessidades normais do SNS, quanto mais para este imprevisto! Cada vez mais saturado, insuficiente, tendendo a levar ao caos..! País onde só as votações e comícios e a prazo extremismos se querem normais. Quê Políticos e que Povo cansado e manso esperam pelo voto no dia 24? Conheço quem tenha decidido ficar confinado…".

B)- Texto do Rogério:

"De acordo. As medidas são insuficientes e, por isso, arriscam ser inúteis em tempo útil.

Não é possível baixar uma curva tão acentuada num curto espaço de tempo. Na minha opinião é necessário dar uma pancada forte para baixar a curva fazendo um confinamento agressivo de 2 ou 3 semanas, seguido de uma progressiva abertura à medida que a vacinação também vai progredindo.

O que está a ser feito é o contrário vamos fechando aos poucos, criando tal recessão crónica que muito bem disse o Fernando e com um custo acrescido de vítimas. Desta forma (fecho e abertura em yô-yô) estamos em risco de ter uma doença económica de recuperação longa e difícil. A ver vamos como diria o outro."

Fernando Condesso

 

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