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Os Andrés

08-01-2021 - Fernando Condesso

Os políticos e militantes dos partidos tradicionais, com suas constantes críticas, têm dado a conhecer o Chega.

Não parece merecer tanta publicidade, por mais que represente certos sectores do eleitorado, dando-lhe uma voz institucionalizada e, portanto, controlada e controlável. Mas não é criticando os andrés de hoje e, cada vez mais, de amanhã, aqui como nos outros países ocidentais, que os problemas que anuncia vão desaparecer

(independentemente do mérito explicitador ou da razoabilidade das propostas solutivas, que lhe vão dando visibilidade e crescente apoio).

Não vale a pena atacar quem dá a problemas reais uma voz organizada e transparente, fazendo o favor ao poder instalado (e por vezes distraído ou sem coragem de os atacar de frente) de mostrar que o rei vai nu. Ideias loucas sem qualquer razão de queixa socialmente sentidas não teriam conquistado 10% do eleitorado, a ser verdade o que dizem as sondagens. Aliás, deve ser mais, pois muita mais gente de todos os partidos (mas sobretudo do CDS e do PCP: recorde-se a votação do comunistas de Marselha em De Gaule, contra as políticas de imigração defendidas por toda a esquerda, que lhes roubava empregos e casa de boa renda para viver) que as apoia, porque medo descer atacada, não tem coragem de o confessar.

Os problemas que ele ataca, existem, independentemente do juízo a fazer sobre as suas receitas. Podem e devem ter soluções. Não neguem a realidade de que há problemas que afligem justamente um certo eleitorado.

Resolvam-se os problemas. Da fome de muitos portugueses, da corrupção de parte da nossa classe política, dos julgamentos que se eternizam, do enriquecimento de poucos e da destruição do poder de compra da classe média, do aumento da criminalidade, do escândalo da pedofilia, dos ataques aos direitos humanos pelas autoridades, da falta de uma politica de imigração amiga e qualificada, da sensação geral na população da irrepresentividade e falta de mérito dos seus dirigentes (saídos de listas partidárias pré-fabricadas, com deputados e ministros desconhecidos dos cidadãos e so serviço dos grandes interesses e não do bem comum), melhorem o serviço nacional de saúde e os tempos e qualidade da justiça.

Regenere-se esta democracia. Só assim, acabarão com os andrés. Se não, a prazo, muitos mais acabarão por ser andrés.

Fernando Condesso

 

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