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Ainda o BES

24-07-2020 - Fernando Condesso

Vi a foto que colocaram, em que Marcelo convive com Salgado. Entendo o possível atual incómodo, mas, apesar de defensor de posições enérgicas regenerativas de Ana Gomes à esquerda e Paulo Morais à direita, penso que grave são as irracionais e juridicamente desrazoáveis desculpas do MP para os políticos e reguladores bancários.

Só refiro 2 casos: anterior PR e anteriores Governadores do BP. Não constam das funções presidenciais intervir na saúde do sistema bancário para evitar problemas, atacando ou apoiando; e é facto que Cavaco recebeu muito dinheiro dos administradores do BES, que saiu dos desvios de depósitos.

Cavaco veio publicamente apoiar a fiabilidade-segurança dos cidadãos-possíveis investidores; habilmente fez estes acreditarem que podiam investir com segurança, reproduzindo a confiança transmitida pelo BP. É certo que o Governador agiu tarde e tem responsabilidade pelas inércias e inconferimentos iniciais, tal como o anterior Governador por outros descalabros bancários, pois muito antes a imprensa nacional e estrangeira dera "sinais" de anomalias, com a CS a referir que Salgado defendera, contra os ataques vindos de Espanha, a necessidade de terem um jornal para veicularem os seus interesses e defesas, depois seguido pela recusa de apoios do Estado, para evitar a entrada da Troika e governo e depois ocorreram denúncias do primo Richiardi... e depois a polémica  subscrição de títulos.

No entanto, a intervenção do PR , pela sua qualidade sem anunciar que tinha recebido pagamento de campanhas  (além de nomeações para governos anteriores de homens apoiados pelo banqueiro em troca de financiamentos para construir a sede partidária e campanhas), mesmo q reportando-se ao registo do BP, e sem nada ter que ver com o assunto, elevou o nível de confiança dos hesitantes investidores, ao ampliar garantias inexistentes para emigrantes e povo mal infirmado e assim deu motivação decisiva para muito do investimento perdido.

Como homem público com o mais alto cargo  comprometeu o Estado; como PR que nenhuma função tem nestas matérias, a não ser pagar favores dando mãozinha a amigo, essa atitude torna-se subjectivamente responsabilizante e desde logo obriga-o a devolver os milhões que recebeu e afinal são dos depositantes. Falei sobre responsabilidades do PR, Governo e BdP, mas há mais…

Concluindo: pelo menos, Marcelo não tem nada a devolver nem ao Estado nem aos cidadãos depositantes e investidores....!

 

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