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JOGO SUJO

17-07-2020 - Henrique Pratas

Uma vez mais este Governo fez “jogo sujo” com os portugueses ao não divulgar os números correctos dos infectados com o COVID-19, mas como a verdade vem sempre ao cimo estamos perante números que nos colocam numa situação perfeitamente inqualificável.

Para mim os números que agora são apresentados não constituem novidade nenhuma porque tenho acompanhado muito de perto esta situação e sabia que os números que estavam a ser divulgados não eram os correctos, mas como a mentira tem perna curta estes mais tarde ou mais cedo teriam que ser divulgados porque não se consegue tapar o Sol com a peneira, e foi isto que tentaram fazer durante muito tempo, mas quando a situação ultrapassa os limites do razoável, aí não têm como divulgar uma parte da verdade dado que a evidência demonstra o contrário do que era anunciado e perante isto o que é que fazem? Nada como é habitual, trata-se da situação com ânimo leve e por mais estranho que nos parece surgem intrujões a defender o indefensável sem sentido ou lógica nenhuma, a não ser a de manterem os lugares governativos que lhes foram atribuídos, de facto é preciso não ter carácter nenhum para defender uma dama que não tem salvação possível.

Se olharmos para os números da Europa somos os campeões, apenas está há nossa frente e nós que deveríamos estar posicionados noutra posição surgimos logo a seguir com o maior número de infectados e o que é que estamos a fazer para mudar o actual estado de coisas, nada.

Surgem algumas figuras de proa e com objectivos desmedidos como o Presidente da Câmara de Lisboa a proferir declarações perfeitamente inaceitáveis e consequência disso ou não já surgiram os primeiros contaminados no Município do qual é dono e senhor e aí nós perguntamos o que é que fez para que isto não acontecesse?

Estamos perante uma situação muito difícil de debelar e os interesses económicos deveriam, em meu entender ser secundarizados, dando prioridade ao combate ao COVID-19, ouvindo e dando visibilidade a quem sabe desta matéria, ou pelo menos aos técnicos que lidam com esta situação diariamente, mas não os políticos que sabem de tudo, mesmo do que não sabem, opinam e tomam decisões na minha opinião pouco fundamentadas, mas preocupados apenas com o estado da economia.

Esta situação para eles e para os detentores do capital corre-lhes às mil maravilhas, porque desta forma conseguem arranjar bolsas de emprego com mão-de-obra barata, para empregarem nas suas empresas e onde as pessoas têm que se sujeitar ao que lhes querem pagar, só que se estão a esquecer de um pormenor é que eles também são cidadãos e este vírus não olha para as condições de classe e nunca se sabe se um dia lhes bate há porta. Um outro reparo sobre esta matéria se não se trabalhar no sentido de estagnar a avanço deste vírus mais dia, menos dia, os donos do capital deixa de ter mão-de-obra disponível para que exerçam as funções que lhe enchem os bolsos nas suas empresas e aí das duas, uma ou fecham as empresas ou recorrem ao trabalho barato e pouco qualificado dos migrantes que procuram no nosso País melhores condições de vida, tratando-os como escravos do século XXI.

Estamos a andar muito mal neste processo, os profissionais de saúde estão a rebentar os Hospitais destinados ao acolhimento dos infectados por este vírus, muitos já extravasaram as suas capacidades tendo que se socorrerem a Hospitais de Campanha, estes factos são realidades que estão à vista de todos nós menos dos políticos que têm responsabilidades sobre esta matéria e pergunto eu até quando estes vão continuar a querer enganar os cidadãos deste País?

A situação é muito delicada e deveria ser tratada com profissionalismo sem olhar meramente economicistas, porque em primeiro lugar está a saúde dos portugueses e como nós sabemos existem alturas em que devemos estabelecer prioridades, porque como sabemos é impossível ter ao mesmo tempo chuva no nabal e sol na eira, todos sabemos disto, e eu não entendo de todo porque é que andamos todos preocupados com a actividade turística, quando não se criam as condições para que o mesmo possa ter os mesmos níveis de anos anteriores, dando prioridade há resolução do problema mais premente que é no meu entender a prevenção da disseminação do vírus pela população portuguesa, é que sem isto não vamos a lado nenhum e andamos sempre a correr atrás do prejuízo e a saltar de situações instáveis para outras situações instáveis, urge criar um clima de estabilidade emocional estável em todas as áreas que envolvem os portugueses, de saúde, profissional, económicos e de todas as outras áreas que são determinantes para as suas condições de vida, sem isto nada feito e vamos sempre andar a suspeitar de tudo e de nada.

Esta tarefa não é fácil, mas é que caminhar nesse sentido, sob pena de nunca mais se conseguir alcançar a almejada estabilidade para todos os portugueses em todas as áreas, qualquer desvio a este objectivo é um crime de lesa pátria.

Henrique Pratas

 

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