|  PEDRO BARROSO 29-11-2019 - Pedro Barroso 
 Obrigada ausência por fraquezas imprevistas.  Dando notícia neste boletim de parede e de vaidades, só para dizer q hoje me sinto 2,678% melhor;  O que já me permitiu respirar um pouco o ar do meu campo, que tanta falta me faz para viver.  E fingir-me aos olhos do tempo que não volta, nestes campos q conheço de menino. Saí um pouco.  Novidades? Um eucaliptal rasou.  Alguém vai fazer alguma coisa com aquilo? não sei.  O Zé Ludovino estava vazio; fim do mês dramático, talvez para depois o pessoal fingir grande abastança natalícia.  Vestir-me é um ritual complexo, tudo difícil e torcido.  O Cordeiro vai trabalhando na limpeza de ruídos parasitas do disco. Masterizando. Eu vou controlando de longe.  Está quase.  Também já decidi o nome do CD, que acho lindíssimo e sucinto. Creio que a canção com o Patxi vai ser um êxito. Se passar na rádio, claro. Duvido.  Hoje os ídolos são outros. Conans de lata. O tempo passa.  Aliás, o calendário determina que amanhã eu cumpra tempo certo.  Eu, que nunca tive certezas de nada.  Fazer anos? Nada sinto de especial. Mas mereço-me.  Embora nunca pensasse chegar aqui assim.  Aprendi ultimamente o valor da expressão "vamos vendo".  O resto é a pressa das coisas que deixa de fazer sentido; e o orgulho de ainda sermos e pensarmos que nos faz valer a pena.  No resto, sim.  No resto, ainda "vamos vendo".  Enquanto a ousadia crítica dos dias me permitir o gesto da memória, o menino irreverente, assustado, mas atento, irá coleccionando espanto.  A imagem pode conter: 1 pessoa, sentado, criança, bebé e ar livre   |