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HIPOCRISIA EM ACTOS PÚBLICOS

08-11-2019 - Henrique Pratas

Quem teve oportunidade de ver no dia de tomada de posse do novo Governo, pode verificar que se fizeram deslocar para o Palácio de Belém em autocarros da CARRIS movidos a gás a avaliar por este tipo de atitude vamos poder ver daqui para a frente os senhores Ministros e Secretários de Estado a deslocarem-se nos transportes públicos existentes na cidade e geridos por “comparsas” seus, se assim não for estamos perante mais um ato de grande HIPOCRISIA, sustentada na célebre frase faz o que eu digo mas não faças o que eu faço.

Vai ser mais do mesmo, as famílias estão cada vez mais pobres e aflitas para gerir os parcos rendimentos que auferem mas isso não importa nada o que é importante e determinante é a protecção do meio ambiente é este último que está na “moda”, as pessoas não interessam para nada, a não ser para os elegerem. Eles ainda não se aperceberam de uma coisa extraordinariamente simples se não existirem pessoas os seus lugares não fazem sentido, logo não haverá mama para tantos

Como estão recordados a abstenção teve maioria absoluta e em bom rigor, apesar de não se saber de onde esta é oriunda, deveria ser ela chamada a constituir Governo, mas não quem nos vai Des) Governar é o partido mais votado de entre os votados considerados como elegíveis.

Deste modo temos assim um Governo minoritário a exercer funções governativas e nós portugueses sujeitamo-nos a isto tudo e mais umas botas como diria o outro.

Não auguro um futuro risonho a este Governo, a não ser que os restantes partidos os vão amparando de per si.

Qualquer pessoa que possuísse o mínimo de dignidade não aceitaria governar nestas condições mas como o poder é muito bom e a clientela partidária faz alguma pressão para que lhe arranjem um lugarzinho no Parlamento, ou no Governo de preferência, engolem os sapos todos.

Alguns deles não reúnem o mínimo de qualidades exigidas para incorporarem um Governo, mas eles lá estão e por algum motivo será, se competência não é só poderá ser a meu ver compadrio, ganância, alianças com este e com aquele e alguns favores que fizeram no passado quando exerceram cargos autárquicos, mas é assim que as coisas são o que é que podemos fazer? Nada é aguentar e cara alegre.

A incompetência generalizada do funcionamento dos organismos públicos é generalizada, com maior acuidade nuns do que noutros, mas podemos que afirmar se qualquer tipo de rebuço que na Segurança Social, Saúde, Educação e Tribunais é de bradar aos céus, os casos que ocorrem são perfeitamente insólitos, ontem tive conhecimento que o Instituto da Segurança Social, deu como falecido em Março do corrente ano um reformado e desde essa data até ao momento em que lhes escrevo este texto e depois de muitas andanças o reformado em causa tem apenas a promessa de os valores em divida lhe irão ser pagos em Novembro. Isto para mim é inadmissível e a reposição já deveria ter sido feita porque se o reformado não possuísse um filho que o ajudou neste período de tempo morreria há fome. Será que se esta situação se passasse com um “truta” da nossa sociedade isto seria resolvido desta forma. Muito sinceramente julgo que não e deste modo a tão apregoada sociedade onde deveria existir igualdade de oportunidades e de tratamento é apenas uma miragem e não medidas que sejam aplicadas há generalidade de todos os cidadãos independentemente de se apregoar aos sete ventos que é nessa sociedade, como se pode constatar todos os dias em diferentes situações isto não é verdade e por valor não nos iludam porque já não compramos essa ideia que nos querem vender a todo o custo.

Um outro episódio que tive conhecimento a semana passada foi que um rapaz de 19 anos foi condenado a pagar uma pensão de alimentos a uma suposta filha de 5 anos, o Tribunal pediu informações há Segurança Social e esta informou que o rapaz em causa tinha descontos para a Segurança Social e o Tribunal em função disso, decidiu descontar-lhe 1.500,00 € a título de pensão de alimentos a uma suposta filha que não tinha. O rapaz que tinha iniciado funções numa empresa onde tinha informado que não era casado e não possuía filhos, quando foi confrontado com o patrão da ordem do Tribunal já que a mesma não foi para o cidadão mas sim para a empresa onde trabalha, caiu-lhe tudo e apesar de ter confirmado a informação que tinha dado ao patrão, dirigiu-se há Segurança Social para saber o que se passava e foi confrontado com mais um “lapso”. Pois é meus caros vamos de lapso em lapso até há derrota final, informaram-no que iriam informar o Tribunal do erro que foi cometido, para que lhe fosse devolvido o dinheiro já retido, só que não lhe disseram quando.

Eu leio e vejo tantos lapsos mas não vejo ninguém a ser responsabilizados por eles num País há sériaisto daria lugar a uma indemnização avultada e há responsabilização do responsável pelos Serviços, por cá é a impunidade total.

Para acabar conto-vos mais um caso que aconteceu na Caixa de Crédito Agrícola dos Riachos, uma amiga minha foi levantar o cartão de débito para poder levantar o seu dinheiro no cartão multibanco. Uma pessoa acredita em quem está atrás do Balcão, não verificou o número do cartão e foi para casa, no dia seguinte quando pretendia proceder ao levantamento de dinheiro na caixa de multibanco tentou uma, tentou duas e mais não tentou, porque senão ficava sem o cartão. Dirigiu-se ao Balcão e os “experts” da dependência descobriram que o número do cartão que lhe tinha sido atribuído estava errado, mas apesar disso se a senhora quisesse levantar dinheiro ao Balcão eles faziam-lhe esse favor, mas para tal cobrar-lhe-iam 3,00 €, é óbvio que ela não aceitou.

Muitos mais casos acontecem neste País diariamente que nós não temos conhecimento e que a maior parte das pessoas não denunciam por vergonha, acanhamento ou por entenderem que já não vale a pena fazê-lo.

É este o País real onde vivemos, onde para uns existe tudo e para outros nada existe.

Henrique Pratas

 

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