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Desvio de dinheiros públicos

30-11-2018 - Henrique Pratas

E-mails do Tutti Frutti indiciam suspeitas de desvio do erário público. Estas situações neste País começam a ser recorrentes e cada dia nasce mais uma situação nova de utilização indevida de dinheiros públicos, parecem cogumelos a nascer, será que a chuva tem alguma influência nesta matéria.

Enquanto eram transcritas centenas de escutas telefónicas e analisavam a correspondência eletrónica da Operação Tutti Frutti, os inspetores da Unidade Nacional de Combate à Corrupção (UNCC) da Polícia Judiciária (PJ) foram surpreendidos por emails em que Sérgio Azevedo, deputado e ex-vice-presidente da bancada parlamentar do PSD, dava indicações detalhadas a amigos empresários e outros amigos sobre como “todos” poderiam lucrar com contratos assinados com a Junta de Freguesia de Santo António, junta lisboeta liderada pelo social-democrata Vasco Morgado.

O nível de pormenores de algumas destas mensagens de correio eletrónico, conjugado com escutas telefónicas que estão a ser transcritas, leva os investigadores a suspeitar que Sérgio Azevedo terá montado, juntamente com funcionários daquela junta de freguesia, um esquema de tráfico de influência, participação económica em negócio, faturação falsa e branqueamento de capitais que pode ter sido replicado noutras juntas de freguesia de Lisboa.

O plano descrito nos e-mails e em contatos telefónicos passaria por levar a que as empresas fossem convidadas por escrito a assinar um contrato com a junta de freguesia, que esse contrato fosse adjudicado mas que, no final, nenhum ou pouco trabalho fosse feito em prol daquele órgão executivo local.

Nos planos alegadamente traçados por Sérgio Azevedo, pelo menos parte da avença mensal paga pela junta deveria ser reinvestida na contratação do escritório de advogados onde aquele deputado do PSD trabalha: a Legal Seven, uma nova sociedade de advogados com sede perto da Praça de Espanha, em Lisboa.

Um dos destinatários dos e-mails de Sérgio Azevedo é Jorge Varanda, um advogado de Braga que foi constituído arguido no final de junho na Operação Tutti Frutti - que investiga trocas de influências entre militantes do PS e do PSD para conseguirem posições estratégicas, avenças e contratos públicos e ainda financiamento proibido de partidos políticos e falsificação de fichas de inscrição de militantes.

Perante a ausência de resposta de Jorge Varanda, os investigadores acreditam que Sérgio Azevedo - que ainda não foi constituído arguido nem interrogado neste inquérito, mas esteve sob escuta - terá recorrido a outro amigo - José Paulo do Carmo - para levar avante o seu plano.

A história obriga a explicar um quadrado de relações que vão desembocar no deputado do PSD.

Conclusão da história não há nada como ter bons “amigos” ou “amigos” bons e queixam-se vocês que no País não existe amizade, vocês é que andam distraídos o nosso transborda de “amizades” perfeitas é só assistirem, sentados na poltrona.

Se quiserem subir na vida arranjem “amigos” não há nada como uma boa e forte “amizade”, porque “fruta” não falta e quando assim esta não é para todos, lamentavelmente é apenas para alguns.

Mais uma vez se prova que ser do PSD ou do PS a diferença não é nenhuma, os objetivos são os mesmos, isto “governarem-se” à farta e estes são os casos que vamos tendo conhecimento, falta é vir há tona de água os casos mais importantes ou que atingem dimensões perfeitamente escandalosas e inqualificáveis.

Henrique Pratas

 

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