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Outros usos, outros tempos.

26-10-2018 - Henrique Pratas

Quando eu era menino e moço, bem que gostava de andar de trotinete e de bicicleta e o meu País não deixava, hoje incentiva o uso da bicicleta e da trotineta, penso nisto e acho que nasci fora de tempo, o que me deixa aborrecido, mas por outro lado também penso que se tivesse nascido noutra altura iria tudo acontecer ao contrário.

No meu tempo de menino e moço era a “bófia” que aqui por Lisboa nos impedia de andar de trotinete ou de bicicleta invocando sempre a mesma razão a perturbação da ordem pública, como os tempos mudam, hoje promove-se a perturbação da ordem pública, para não fazer alusão aos tucks, tucks que esses causam um embaraço do tamanho do mundo e ninguém diz rigorosamente nada, nem no mínimo que aquele tipo de transporte não é característico de Lisboa, sinais dos tempos.

Voltando ao meu tempo de menino e moço, vocês recordam-se que tínhamos que ter uma licença passada pela Câmara, onde eram exigidos uns conhecimentos de uns sinais de trânsito e tinha que se realizar uma prova demonstrativa que se sabia andar de bicicleta e respeitar os sinais de trânsito. Isto em muitas Câmaras era levado a sério noutras era apenas um fonte de receita e nós lá ficávamos com mais um cartão que nos habilitava a circular na via pública e mais tínhamos que colocar no velocípede uma placa que nos era atribuída e que coincidia com os dizeres do cartão, para no caso de prevaricarmos sermos devidamente responsabilizados. Hoje os tempos são outros, não é necessário licença, nem placa no velocípede, a única exigência que é feita é que saibamos andar de bicicleta e estamos pronto para as poder usar, estas medidas devem ter decorrido do SIMPLEX.

No que às trotinetas diz respeito apenas o que temos que saber é ter equilíbrio para nos fazermos transportar em cima delas, agora não temos a policia a chatear como outrora e ainda bem, em termos tecnológicos as diferenças é que no meu tempo nós não tínhamos motor nas trotinetas, era tudo feito com base na força das pernas, hoje não a coisa é mais sofisticada têm motor que a rapaziada não se pode cansar tanto e como apoio têm a policia a ajudar quem pretende utilizar este meio de transporte, sim porque nos dias de hoje pode-se chamar um meio de transporte, noutros tempos era um objeto clandestino e que incomodava os senhores Governantes, o que não queria dizer que não andássemos de trotinete tínhamos era que andar sempre com o olhar no “creme nívea” não fosse ele aparecer e nós ficaríamos sem a nossa trotinete.

Ainda bem que os tempos são outros, mas há uma coisa que estranho no meio deste processo de transformação é que tudo passou a ser parte de um negócio.

Henrique Pratas

 

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