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MÁFIA

03-08-2018 - Henrique Pratas

Não, não é do calor já há muito que sinto e vejo que em Portugal todos os processos que envolvem pessoas têm um conteúdo mais ou menos acentuado de mafioso.

Assim, a máfia define-se como sendo uma organização criminosa cujas atividades estão submetidas a uma direção de membros que sempre ocorre de forma oculta e que repousa numa estratégia de infiltração da sociedade civil e das instituições.

Se estivermos atentos, este conceito na se aplicará no funcionamento total da sociedade portuguesa, mas está sempre presente seja de uma forma mais encapotada ou de uma forma mais simples, como costumamos afirmar uma mão lava a outra e favor com favor se paga, enfim poderia citar inúmeras expressões que transmitem que na sociedade portuguesa os processos em que somos intervenientes não são transparentes, claros ou retos como outrora.

Se, se começar a mexer no baú de muita gente vamos descobrir coisas inacreditáveis. Pessoas em que votamos, em quem confiamos, em que depositamos a nossa vida. Tudo isto é triste porque a caminharmos neste sentido estamos a dar passos largos para o abismo, neste momento na sociedade portuguesa vale tudo, e como sabem as coisas não deveriam ser assim, então onde é que está o respeito, o profissionalismo, a ética, a transparência, a igualdade de oportunidades, a igualdade de género, a fraternidade, o valor da palavra, o comportamento cívico e educado com respeito pelo próximo e pela “peste grisalha” como um deputado do PSD/PPD, designou aqueles que tem mais idade e que foi justa e devidamente condenado, a pena é que foi leve, esta designação remete-nos para os tempos de apogeu do Hitler, só lhe faltou acrescentar, mas para mim está implícito que todos aqueles que têm cabelos brancos deveriam ser submetidos ao tratamento que Hitler fez aos judeus, é esta a sociedade que queremos, andamos a eleger personagens que quando lhes foge a boca para a verdade dizem de facto o que pensam e não o que colocam nos programas eleitorais.

Penso que já escrevi esta missiva várias vezes, mas recordando-me dos meus antepassados, escrevo-a mais uma vez, estejam atentos, não comprem gato por lebre.

Sei ou desconfio, que vocês como eu se questionem, em altura de eleições, em que havemos de votar, não é fácil esta decisão porque o novelo que foi criado em volta da politica, este lugar, de deputado, com possibilidade de chegar a Primeiro-Ministro ou Secretário de Estado, tão apetecível e “nova” profissão criada com o 25 de abril de 1974, a que todos querem ter acesso fazendo todos os fretes possíveis e imaginários, com o intuito de ver se conseguem alcançar tão almejados lugares. Não pensem em princípios, não caiam na esparrela de acreditarem no que lhe dizem, primeiro fazem e de pois sim acreditaremos ou não com a obra acabada.

Vamos lá voltar aos valores e princípios e honrar a palavra, voltando a ser senhoras ou cavalheiros, na verdadeira aceção da palavra, será que conseguimos ou já chegámos a um estado tal que não se consegue, sei que este trabalho não é fácil percorrer diferentes gerações, mas quanto mais tarde se começar, mais tarde se inicia um novo ciclo.

Não fará muito sentido neste texto fazer menção ao que aconteceu ao senhor Juncker, refiro-me ao problema de ciática que lhe ocorreu momentaneamente e em que o nosso primeiro-ministro esteve muito bem porque questionado pelos jornalistas e amparando simultaneamente o senhor Juncker, informou os jornalistas que aquela situação se devia a uma crise de ciática.

Dizem as más-línguas quando o senhor Junker, no Parlamento Europeu, pede água, lhe levam um copo de gim, eu não posso conformar esta afirmação, mas que cá em Portugal vejo com cada crise de ciática de manhã cedo, lá isso vejo, cada um chamar-lhe-á o que quiser, uns chamam-lhe cardina, outros cadela, outros bezana, mas a um parlamentar europeu só poderia ser uma crise ciática, porque eles não bebem bebidas alcoólicas, razão pela qual colocaram o IVA a 23%, a para curar uma crise de ciática, o medicamento a tomar, está isento de IVA.

Henrique Pratas

 

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