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De 2013 a 2017, a Segurança Social deu 2,7 milhões à Raríssimas

15-12-2017 - Henrique Pratas

Só em 2017, a IPSS (Instituições Particulares de Solidariedade Social) viu entrar cerca de 606 mil euros, contribuição da pasta agora gerida por Vieira da Silva.

Por definir estão ainda as contribuições dos outros ministérios.

Em cinco anos, a Raríssimas recebeu 2,7 milhões de euros das mãos do Ministério do Trabalho e Segurança Social. Só em 2017, a Instituição Particular de Solidariedade Social (IPSS) viu entrar cerca de 606 mil euros, entre valores pagos no âmbito da rede nacional de cuidados continuados e dos acordos de cooperação que mantinham a funcionar as valências.

O valor é divulgado, no seguimento da revelação da TVI de que a presidente da IPSS estava a utilizar de forma danosa os fundos recebidos. Entre contribuições para manter a funcionar um lar residencial, uma residência autónoma, um centro de atividades ocupacionais e para financiar a construção da Casa dos Marcos, entre outros o valor de contribuição da pasta agora gerida por Vieira da Silva ascende aos 2.770.275 euros.

À fatura somam-se ainda pagamentos provenientes de outros ministérios, como o da Saúde. De acordo com a reportagem da TVI, a presidente da Raríssimas recebia um salário base de três mil euros mensais, a que acresciam 1.300 euros em ajudas de custo, bem como 816,67 euros de um plano poupança-reforma e ainda 1.500 euros em deslocações.

A estes valores juntava-se ainda o aluguer de um carro de luxo com o valor mensal de 921,59 euros, bem como compras de ordem pessoal que Paula Brito Costa faria com o cartão de crédito da associação. Uma fatura de um vestido de 228 euros ou de uma despesa de 364 euros em compras de supermercado, dois quais 230 euros diziam respeito a gambas, são alguns dos documentos facultados à TVI pelos antigos funcionários da Raríssimas.

Mas há mais nomes referidos na reportagem, sendo o atual secretário de Estado da Saúde — Manuel Delgado — um deles, a propósito da sua contratação em 2013 como consultor, cargo para o qual seriam pagos 3.000 euros por mês. Contudo, na reportagem da TVI, não é apontado ao atual governante a prática de apresentação de despesas fictícias ou do uso de fundos da empresa para despesas pessoais.

Estão a ver por ondam o dinheiro que descontamos para a Segurança Social, recordam-se que há uns tempos atrás se colocou em causa a sustentabilidade da mesma e se aumentou a idade de reforma, como se aumentou as penalizações para quem antecipasse a reforma, a vaca dá leite mas o leite que dá não dá para tantos mamões, mas como esta é muitas mais situações que na altura certa rebentarão, porque mantê-las é insustentável e um atentado ao suposto Estado de Direito em que vivemos.

Se não existissem pessoas com coluna vertebral, com valores e princípios esta situação provavelmente passaria incólume, mas eu estou convencido que o poder politico vai uma vez mais abafar esta situação, a culpa morre sempre solteira.

Henrique Pratas

 

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