DO FRANGO CRU À MAÇÃ PODRE
27-10-2017 - Henrique Pratas
Mais uma notícia que nos devia envergonhar a todos, mas como esta palavra já deixou de fazer parte do vocabulário português, é fartar vilanagem.
Existem queixas diárias da qualidade das refeições escolares.
A Federação Regional de Lisboa das Associações de Pais quer penalizações duras, para estas práticas indesejadas.
No ofício enviado pela FERLAP ao Governo e a autarcas consta uma fotografia de uma coxa de frango quase crua.
Apesar das denúncias que têm vindo a público, a situação das refeições escolares não melhorou. A Federação Regional de Lisboa das Associações de Pais (FERLAP) garante que todos os dias chegam queixas sobre a má qualidade das refeições nas escolas.
Apesar da intervenção da ASAE, em muitas escolas a comida continua a ser servida ou crua ou queimada, levando Isidoro Roque, presidente da Ferlap, a alertar para o risco para a saúde pública.
“É perigoso para a saúde comer alimentos crus e é perigoso para a saúde comer carvão. São situações de risco para a saúde pública e soubemos que a ASAE foi chamada a algumas escolas e também está a acompanhar a situação. Mas não vemos para já resultados práticos das medidas que estão a ser tomadas e as notícias continuam-nos a chegar", afirmaram.
Apesar dos alertas, todos os dias chegam denúncias da má qualidade da comida servida às crianças. Esta segunda-feira, a FERLAP enviou um ofício ao Ministério da Educação e autarcas da região, pedindo mais fiscalização. Num anexo do ofício é possível ver uma coxa de frango quase crua e uma mação semipodre.
“Nós queremos uma coisa simples, que a comida seja de qualidade e em quantidade. Neste momento, e de acordo com a lei, o que tem de ser feito é a fiscalização eficaz do serviço de refeições e uma penalização que tem de ser dura, e que acredito que conste do caderno de encargos, para quem não cumpre o que está estabelecido e não forneça uma alimentação de qualidade”, é a pretensão da FERLAP.
Estamos a alimentar as crianças/jovens que são o futuro deste País desta forma, muito mal vai a alimentação fornecida quando se quer que estes jovens e crianças sejam os futuros cidadãos de plenos direitos.
É o que eu já escrevi em vários textos “isto não tem ponta por onde se lhe pegue”.
Henrique Pratas
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