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CASO DAS SECRETAS

16-06-2016 - Henrique Pratas

O partido que forma o Governo, PS, não para de dar tiros nos pés e este caso da indigitação de Pereira Gomes para o cargo de chefe das secretas é mais um tiro desnecessário a meu ver. Quando é o que o PS se assume como um partido que marca a diferença do PSD e demonstra inequivocamente que defende a social-democracia praticada nos Países Nórdicos.

Foi o próprio Pereira Gomes que renunciou ao cargo de chefe das Secretas depois de terem sido feitas críticas à sua atuação numa missão portuguesa em Timor-Leste, sobejamente conhecida de todos. O que me admira é como é que o Primeiro-Ministro e o comentador José Vitorino que o indicou para o cargo, defendem uma causa perdida, isto é muito difícil de entender para o comum dos cidadãos.

O líder parlamentar do PSD e bem, lamenta o desfecho do processo que envolvia o embaixador Pereira Gomes para chefiar as secretas, mas afasta os sociais-democratas desta polémica.

Luís Montenegro referiu que, como é público, o presidente do PSD, Pedro Passos Coelho, "deu assentimento à escolha que o primeiro-ministro fez" para indigitar o embaixador Pereira Gomes como secretário-geral dos Sistema de Informações da República Portuguesa (SIRP).

"Fê-lo há vários meses e aquilo a que assistimos, entretanto, foi ao desenvolvimento de uma polémica para a qual o PSD não contribuiu, nem iria contribuir, e que tem agora este desfecho que nós lamentamos", referiu.

O deputado comunista António Filipe disse "respeitar" a decisão do embaixador Pereira Gomes de renunciar ao cargo, escusando fazer mais comentários. Comentário ajuizado a meu ver, não é necessário deitar mais gasolina para a fogueira.

"Há uma decisão do próprio, segundo sabemos, de não ser proposto. É uma decisão que temos de respeitar e não há mais nenhum comentário da nossa parte".

Já o bloquista e vice-presidente da Assembleia da República José Manuel Pureza relembrou a "reserva" do BE sobre a indicação do embaixador Pereira Gomes para secretário-geral do Sistema de Informações da República Portuguesa.

"O BE, atempadamente, manifestou a sua reserva sobre a indigitação do embaixador Pereira Gomes para o exercício de responsabilidades como secretário-geral do SIRP. Registamos que tenha manifestado a sua indisponibilidade na sequência de informações vindas a público sobre o seu desempenho enquanto chefe de missão dos observadores portugueses do referendo em Timor-Leste em 1999", disse o deputado bloquista.

O embaixador José Júlio Pereira Gomes comunicou esta quarta-feira ao primeiro-ministro, António Costa, a sua indisponibilidade para aceitar o cargo de secretário-geral do Sistema de Informações da República Portuguesa (SIRP).

"Importando salvaguardar a dignidade do cargo de secretário-geral do SIRP de toda e qualquer polémica, que naturalmente se repercutiria negativamente no exercício das suas funções, resolvi comunicar a S. Exa. o primeiro-ministro a minha indisponibilidade para aceitar o cargo para que me havia convidado, agradecendo-lhe a confiança em mim depositada", lê-se na carta esta quarta-feira enviada pelo antigo secretário de Estado a António Costa.

No mês passado, o primeiro-ministro convidou o embaixador Pereira Gomes para substituir o secretário-geral do SIRP em funções, Júlio Pereira, mas a eurodeputada socialista Ana Gomes levantou dúvidas sobre o perfil do embaixador para este cargo.

Irra que é demais tantos erros de palmatória que o partido do Governo comete, quando é que vai chegar o dia em que os “membros” que compõem o partido do Governo se vão parar de cometer erros destes, é demais, os portugueses acreditaram neles, com a cooperação de outros dois partidos constituíram Governo, têm uma oportunidade única para demonstrar aos portugueses que são diferentes dos partidos que formaram o anterior Governo de má memória e não o fazem, muito sinceramente custa-me a aceitar que não aproveitem esta oportunidade única para demonstrar que são diferentes, isto poderá acarretar custos inexplicáveis ao PS, ponham de lado os interesses pessoais, de grupos ou de fações dentro do próprio partido e Governem como um verdadeiro partido que tem por base no seu conteúdo programático a verdadeira social-democracia.

Fica o desafio demonstrem ao Povo que de facto são diferentes e optem por profissionais e não façam as escolhas de acordo com a opinião ou com os nomes que lhes fazem chegar.

Henrique Pratas

 

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