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CARTÕES DE CRÉDITO

21-04-2017 - Henrique Pratas

Ao longo dos diferentes contributos que dei para o Noticias de Almeirim, raramente toquei em matérias que fossem especificamente do foro financeiro. Hoje atrevo-me a escrever sobre esta matéria com o intuito de os alertar para uma situação que entendo ser perfeitamente inqualificável, e deixo o aviso jamais aceitem ou solicitem créditos a entidades que não sejam entidades com porta aberta refiro aos Bancos, poderá ser mais caro o crédito que pretendemos mas estamos a lidar com uma entidade em que temos um interlocutor direto, muitas das vezes o barato sai caríssimo.

Jamais aceitem abordagens de organizações financeiras como a COFIDIS, CETELEM, BARCLAYCARD e outras que não façam atendimento presencial, porque se tudo corre bem não há problemas mas se ocorrer algum problema vão-se ver aflitos para solucionar a questão que emergir, porque contatos só telefónicos, apesar de terem instalações o acesso às mesmas é-lhes completamente vedado e podem estar perante uma situação que para se verem livres dela vão passar as passas do Algarve.

As entidades que referenciei, fazem uma publicidade muito agressiva e a maior parte das vezes enganosa, porque prometem mundos e fundos e depois se a coisa dá para o torto aquilo que à primeira vista era fácil e de acesso seguro torna-se no cabo das Tormentas, com problemas insanáveis, com consequências drásticas. Como se costuma afirmar o barato sai caro e quem como sabemos ninguém dá nada a ninguém e quando a esmola é grande o pobre desconfia e por favor não se metam em sarilhos, concessão de crédito só em instituições bancárias com porta aberta ao público.

Escrevo-lhes sobre esta matéria porque conheço e acompanho uma situação destas de uma pessoa amiga que tinha um cartão do Barclaycard, que o liquidou na totalidade em novembro de 2015, ficou com um saldo no cartão na totalidade do crédito que lhe tinha sido concedido, limpou o cartão e qual não foi o seu espanto que em junho de 2016, quando ligou para a linha de atendimento telefónico, ouviu que lhe tinham feito uma utilização abusiva no montante de cerca de 2.700,00 €, isto sem receber extrato nenhum, de imediato mandou cancelar o cartão, demonstrou inequivocamente que não tinha sido ele a utilizar o cartão, apresentou queixa na policia, no Banco de Portugal, correm ainda, porque não houve decisão nem do Tribunal nem do Banco de Portugal sobre a matéria e a entidade massacra-o diariamente com telefonemas a solicitar o pagamento de uma quantia que ele não utilizou isto já dura há quase uma ano.

Ele tinha este cartão porque o pediu enquanto o Banco Barclays existia em Portugal, como é do vosso conhecimento o mesmo deixou de operar em Portugal em finais de 2015 e não se fez aviso nenhum a ninguém quem possuía cartões de crédito da entidade bancária foram transferidos para a entidade Barclaycard, que nada tem a ver com o Banco Barclays.

Esse meu amigo está a viver um mau bocado porque se pauta por honrar todos os seus compromissos e agora vê-se do avesso com uma divida que não contraiu e que à viva força a referida entidade sistematicamente e de forma abusiva, a meu ver, lhe tenta imputar, chamadas para os telemóveis são mais do que muitas, já enviou cartas registadas com aviso de receção e mails e a entidade não tem a delicadeza nem a gentileza de lhe responder, mas os telefonemas não param. Ele por seu lado está arrependido de não ter entregado o cartão aquando do pagamento total do valor utilizado, realizado em novembro de 2015, num balcão do Barclays, mais propriamente na Avenida 5 de outubro, em Lisboa, agora está a ser massacrado, sim é este o termo para liquidar um valor que ele não despendeu.

Entretanto e como a situação tomou estas proporções por falta de resposta da entidade que ficou com os cartões do Barclays a situação tem-se arrastado e por mais provas que possa fazer chegar eles teimam de forma abusiva que ele pague o valor em divida que não é devido. Ilustro a situação com outro acontecimento perfeitamente caricato a sua mulher que nunca teve cartão Barclaycard, também lhe foi imputada uma divida de cerca de 3.400,00 €, que apesar de eles já terem verificado que foi engano porque trocaram os nomes e a senhora nunca teve nenhum cartão da referida entidade, o valor em divida não desaparece do mapa de responsabilidades de crédito do Banco de Portugal.

Isto representa tudo, incompetência, negligência, má-fé e tudo o mais que lhe quiserem chamar.

Entretanto o meu amigo já recorreu aos serviços de advogado para que esta situação seja tratada e a entidade tem feito gato-sapato do advogado, primeiro pedem-lhe uma cópia da procuração, depois pedem-lhe o original, atender os seus telefonemas não o fazem, está criado um problema sem necessidade nenhuma e sem culpa do meu amigo que já teve que ficar em casa doente porque não aguenta a pressão que lhe estão a fazer e como é filho de boa gente e se sente convive muito mal com esta situação, porque nunca se atrasou em pagamento nenhum e é uma pessoa de boas contas.

O alerta aqui fica para os mais incautos, e uma outra questão que aqui deixo como é que isto pode ocorrer na nossa sociedade, eu sei que acontecessem coisas muito piores, mas isto é descrédito total em instituições que supostamente deviam ser idóneas e com bom nome na “praça” se é que pretendem desenvolver alguma atividade credível e já agora quem autorizou a que estas organizações se instalassem no mercado, respeitando que regras e sujeitas a que obrigações.

Muito cuidado que num espaço qualquer podemos estar a pensar que estamos a ajudar algum jovem, que estas organizações utilizam para fazer a captação de novos clientes e em vez de os ajudarmos estamos a arranjar uma carga de trabalhos para nós e não pensem que isto só acontece aos outros também nos pode acontecer a nós.

Henrique Pratas

 

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