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Diabetes Mata (12 pessoas por dia em Portugal)

17-03-2017 - Henrique Pratas

Um relatório realizado no nosso País alerta para um aumento acentuado do número de novos casos diagnosticados em Portugal em 2015.

Existem 168 novos casos identificados todos os dias.

A diabetes matou 12 pessoas por dia em 2015 , estando presente em mais de um quarto dos óbitos nos hospitais públicos em Portugal, indica o relatório "Diabetes: Factos e Números" do Observatório Nacional da Diabetes que vai ser apresentado esta quarta-feira.

O documento alerta para "um crescimento acentuado do número de novos casos diagnosticados em Portugal em 2015", com 168 novos casos a serem identificados todos os dias.

De acordo com o Observatório, uma estrutura integrada na Sociedade Portuguesa de Diabetologia (SPD), a prevalência estimada da diabetes na população portuguesa com idades compreendidas entre os 20 e os 79 anos (7,7 milhões de indivíduos) foi, em 2015, de 13,3%. Isto significa que mais de um milhão de portugueses neste grupo etário tem a doença.

"O impacto do envelhecimento da estrutura etária da população portuguesa (20-79 anos) refletiu-se num aumento de 1,6 pontos percentuais da taxa de prevalência da diabetes entre 2009 e 2015", lê-se no documento.

Em termos de composição da taxa de prevalência da diabetes, o relatório indica que "em 56% dos indivíduos esta já havia sido diagnosticada".

Os homens são mais afetados pela doença, é outra das conclusões do estudo.

Os autores identificaram "uma diferença estatisticamente significativa na prevalência da diabetes entre os homens (15,9%) e as mulheres (10,9%)", verificando igualmente "a existência de um forte aumento da prevalência da diabetes com a idade": mais de um quarto das pessoas entre os 60-79 anos tem a doença.

"A prevalência da diabetes gestacional em Portugal continental em 2015 foi de 7,2% da população parturiente que utilizou o Serviço Nacional de Saúde (SNS) durante esse ano, registando um acréscimo significativo do número absoluto de casos, comparativamente ao ano transato", lê-se no relatório.

Por seu lado, "a diabetes tipo 1 nas crianças e nos jovens em Portugal, em 2015, atingia 3.327 indivíduos com idades entre 0-19 anos, o que corresponde a 0,16% da população portuguesa neste escalão etário, número que se tem mantido estável nos últimos anos".

Em 2015 foram detetados 13,3 novos casos de diabetes tipo 1 por cada 100 mil jovens com idades compreendidas entre os zero e os 14 anos, valores inferiores aos registados nos últimos anos.

Continuaram a aumentar os internamentos em que a diabetes surge associada a outras doenças, enquanto a população com diabetes seguida nas unidades de cuidados primários do SNS continuou a aumentar, atingindo os 6,8% da população nelas inscrita (6,4% em 2014).

Custo com medicamentos mais do que triplica

Os custos com medicamentos para a diabetes mais do que triplicaram em dez anos, sendo que o aumento dos encargos tem sido bem superior ao crescimento efetivo do consumo, segundo o relatório do Observatório Nacional da Diabetes.

O documento aponta para um aumento dos custos de 269% num período de dez anos, sendo que o também existe um crescimento significativo do consumo de medicamentos para a diabetes - tal como acontece em toda a Europa -, mas inferior à subida dos custos.

Entre 2006 e 2015, os encargos do Serviço Nacional de Saúde e dos utentes com vendas em ambulatório de insulinas e antidiabéticos não insulínicos aumentaram 269%.

“O crescimento dos custos dos medicamentos da diabetes tem assumido uma especial preponderância e relevância ( mais 269%) face ao crescimento efetivo do consumo, quantificado em número de embalagens vendidas (mais 66%)”, refere o relatório do Observatório Nacional da Diabetes.

O aumento dos custos e das vendas explicam-se porque, além do aumento da prevalência da doença, subiu o número e a proporção de pessoas tratadas, bem como as dosagens médias utilizadas nos tratamentos.

Em 2015, 6,7% da população portuguesa recebiam tratamento de antidiabéticos não insulínicos (ADNI) e insulinas.

Os utentes do SNS têm encargos diretos de 22 milhões de euros com o consumo de ADNI e de insulinas, o que representa 8,4% dos custos do mercado de ambulatório com estes medicamentos no último ano.

Estamos perante mais uma situação em que o economicismo está patente, a diabetes aumenta, por consequência a indústria farmacêutica faz aumentar o preço dos medicamentos, porque quanto mais casos ocorrerem melhor para eles porque podem aumentar os preços, logo os benefícios financeiros aumentam, por outro lado o Estado deixou de comparticipar alguns dos medicamentos indicados para o tratamento desta doença, como o rendimento disponível das famílias diminuiu substancialmente muitas das pessoas não dispõem de liquidez para adquirir os medicamentos e consequentemente a situação clinica agrava-se e as pessoas com este tipo de doença são votadas ao abandono, logo a probabilidade de morrerem aumenta significativamente.

Sabendo nós que os rendimentos disponíveis das famílias regrediram para níveis dos praticados há 6 anos atrás ou seja a 2009/2010, as pessoas não se podem tratar convenientemente nem os Centros de Saúde dispõem de meios adequados ao tratamento e acompanhamento destas situações, por isso muito friamente vos escrevo sai mais barato deixar morrer as pessoas do que criar mecanismos que façam a prevenção deste tipo de doença ou em alternativa porque não se fez a prevenção das sintomatologias deste tipo de doença, não se desenvolvem as ações necessárias e adequadas ao tratamento desta doença, logo quem tem dinheiro pode-se tratar, quem não tem corre sérios riscos de vida.

Este estudo demonstra mais uma das fraquezas da nossa estrutura de saúde que não funciona ou se encontra desajustada à realidade por razões de inércia ou de desinteresse pelo combate a esta doença, urge encarar a situação de frente, como quem pega um touro de mais de 500 Kgs, já embalado, o embate é forte como sabem mas há que arriscar, não se pode deixar morrer pessoas por este motivo, em vez de andarem a ver quem mandou mails a quem e sms, dediquem-se a resolver os problemas substantivos e que tem como alvo a população que contraiu esta doença ou outro tipo de doença que seja passível de se trabalhar forte e arduamente no sentido de combater o “inimigo” que surge e se instala se pedir licença aos próprios.

Importa distinguir o que é essencial ou importante, como quiserem, daquilo que não é, coisa que a meu ver não está a ser feita temos que nos focar no que é importante já chega de circo.

Henrique Pratas

 

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