Edição online quinzenal
 
Sábado 20 de Abril de 2024  
Notícias e Opnião do Concelho de Almeirim de Portugal e do Mundo
 

Um Verdadeiro Circo

21-10-2016 - Henrique Pratas

Nós portugueses, não temos motivos para nos queixar da vida que temos, porque se olharmos em nosso redor temos o Circo armado e de tal maneira que o melhor é rir de tudo o que se passa e neste momento só se passam duas coisas um Portugal, o Orçamento e o caso da “caça ao homem” em Aguiar da Beira e uma outra que aconteceu no passado domingo dia 16 de outubro, as eleições nos Açores.

Pode-vos parecer estranho estar a escrever sobre estas duas situações, mas ambas são perfeitamente ridículas a meu ver.

Começo pela segunda, não existe nenhum órgão de comunicação social que escreva sobre o que se passa ou passou em Aguiar da Beira e pasme-se, tal e qual como num jogo de futebol na Correio da Manhã TV, ontem foi transmitido ao vivo e a cores, durante uma tarde inteira, acrescentando entrevistas que pouco acrescentavam ao que estava a acontecer, porque as pessoas só falavam até um certo ponto, quando lhe colocavam perguntas objetivas, a resposta não se fazia esperar, há isso não sei, menina, não vi não posso dizer nada, querem mais esclarecedor do que isto. Entretanto não deixo passar em claro, a quantidade de GNRs mais policia judiciária que estão destacados na zona para tentar prender um homem, vão-me desculpar, mas associo este facto a um filme do Rambo em que a história é semelhante que se passa numa pequena aldeia e como sendo provocado e agredido pelos polícias locais acaba por dar cabo daquilo tudo e mete-se numa serra e em cavernas, abatendo todos os que se metem à sua frente.

Conclusão, nós não sabíamos mas também temos um rambo à portuguesa, era só o que nos faltava, mas temos submarinos, carros de combate novos, a estrear, temos uma preparação dos militares que se oferecem para ir para os comandos com uma instrução onde mais de 50% fica pelo caminho, incluindo as mortes por explicar se é que algum dia vão ser explicadas.

Por outro lado temos o debate do Orçamento para o ano de 2017, que eu já não posso sequer ouvir, fazedores de opinião, curiosos, toda a gente se pronuncia sobre o que não sabe, uns para aparecerem na televisão, outros por questões ideológicas e outros ainda para preencherem o tempo de antena, porque não sabem de nada do que dizem. Alguém perguntou aos portugueses o que é que acha, que eu me lembre não, ou então fizeram daquelas entrevistas de rua em que as pessoas desinformadas dizem o que lhes passa pela cabeça e o que é curioso é que alguns acertam, deveriam ter um prémio, não sei qual mas arrisco uma condecoração do presidente da República pelo facto de ter dito algo de objetivo.

Isto vai de mal a pior e nós simples cidadãos que somos vistos nem achados, já estamos a fazer mais furos no cinto, porque se não se cria Investimento produtivo, para que se possa criar riqueza e solucionar, andamos com mesinhas, quero eu dizer dar umas migalhas por um lado e retirar o dobro pelo outro através dos impostos indiretos, que apesar de não incidirem diretamente sobre o rendimento vai tocar a todos quando formos comprar os bens necessários à nossa sobrevivência, sim senhor que grande passe de mágica dá pouco com uma mão e tira o dobro com a outra e o pagode o que é que há de dizer, é aguentar e cara alegre, que tristezas não pagam dividas, estamos a caminhar para o abismo de forma perfeitamente desalmada, parecemos os inocentes que o Hitler “convidou” a entrarem nos campos de concentração.

No que respeita às eleições dos Açores para mim quem ganhou e com larga maioria foi a abstenção, independentemente dos partidos que se apresentarem às urnas tirarem ilações que não lembra ao careca, mas somos assim todos gostamos de ganhar, perder é que está quieto, enquanto andamos entretidos, a participação dos cidadãos nas eleições e no ato de votar afastam-se cada vez mais, não se reveem nesta forma já gasta e rasteira de fazer politica, querem ver os seus problemas resolvidos e neste momento não há nenhum partido politico que dê resposta às pretensões dos eleitores. Vinga a mediocridade dos políticos que nunca fizeram nada na vida e é com muita mágoa que quando vejo um debate na Assembleia da República, o nível é francamente mau e esta minha opinião nada tem a ver com qualquer partido politico em especial, manifesto esta minha opinião na generalidade, quem se recorda dos debates entre 1974 até ao inicio dos anos 80, não tinha nada a ver com isto, existiam pessoas que sabiam falar e argumentar independentemente de concordar ou não com as suas posições, hoje nem sequer conseguem balbuciar umas simples palavras, é a mediocridade a vir à tona, é a geração dos 30 a 40 anos, que nunca soube o que foi viver nos tempos de Salazar e vão-me desculpar, muita ignorância, pouca cultura ou nenhuma e sem princípios de éspecie nenhuma o que é importante é sacar.

Estamos bem entregues não estamos e há medida que os anos passam vamos ficando pior, porque quem exerce cargos políticos é cada vez mais mal formado.

Henrique Pratas

 

Subscreva a nossa News Letter
CONTACTOS
COLABORADORES
 
Eduardo Milheiro
Coordenador
Marta Milheiro
   
© O Notícias de Almeirim : All rights reserved - Site optimizado para 1024x768 e Internet Explorer 5.0 ou superior e Google Chrome