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VERDADES E CONSEQUÊNCIAS PARA UMA DISCUSSÃO SÉRIA SOBRE O QUE SIGNIFICA ESTAR OU NÃO ESTAR NO EURO
Autor: Jorge Cg

10-02-2017

A questão da saída do euro, do meu ponto de vista, deve apresentar-se de acordo com estes (e eventualmente outros) aspectos:

1. Independentemente da vontade e consequências, o fim do euro está iminente.

2. Se sairmos aos trambolhões os prejuízos serão maiores.

3. De qualquer forma devemos assumir e prevenir que a saída representará "custos" muito duros no curto prazo.

4. Todavia a não-saída apresentará "custos" incomparavelmente mais duros no médio prazo para todos nós.

5. E incalculavelmente trágicos para as gerações que têm hoje 30 anos ou menos.

6. Muito sumariamente a saída do euro é um imperativo para a soberania nacional.

7. Sem moeda própria não há soberania nacional.

8. e isto quer dizer, em termos de economia e finanças, que não temos meio de recuperar os nossos passivos e dívida.

9. E quer dizer que não conseguimos construir ou moldar sequer EM QUALQUER SISTEMA OU MODELO ECONÓMICO uma política que sirva os nossos interesses como nação.

10. Sequer o "direito" a ensaiá-la.

11. Nomeadamente no que compete à restruturação do nosso tecido produtivo (sejam industriais, agrícolas, de pescas ou de serviços).

12. O que impede simultaneamente qualquer política de crescimento económico sustentável e de autodeterminação.

13. Sem tal não é possível (fora bondade ou simpatia ou desejo dos "políticos") promover o consumo nacional interno.

14. Sem consumo interno acrescido estaremos sempre "dependentes" das flutuações dos mercados internacionais e sujeitos à "competição" com a mão-de-obra escrava asiática e aficana.

15. Nessas circunstâncias o desemprego não diminuirá para além de variações mínimas e sazonais.

16. Tal como o próprio poder de exportação.

17. Porque com a saída do euro podemos negociar outros tratados comerciais internacionais mais favoráveis.

18. Nomeadamente através do mundo luso-ibérico.

19. E deve dizer-se muito claramente mais ainda:

20. Os sectores estratégicos económicos (nomeadamente o financeiro, o da energia, o dos transportes, o das comunicações e telecomunicações, o subsolo e ambiental, o hídrico, o alfandegário) têm de estar maioritariamente nas mãos do estado (se não em posse, pelo menos em efectivo controlo).

21. Pelo menos até à reorganização do tecido produtivo e de uma economia nacional independente.

22. Estas medidas - NÃO SE DEVE ILUDIR A COISA - implicarão um abaixamento do consumo de determinado tipo de bens (disparando o seu preço e aumentando a escassez).

23. Como, por exemplo, nos materiais da tecnologia e no mercado automóvel.

24. É mesmo admissível que num primeiro impacto outros bens de consumo primário (mormente de importação, mesmo na alimentação) sofram uma regressão.

25. Todavia isso mesmo contribuirá para o desenvolvimento de indústrias e negócio nacional independente ou associado em condições de menor dependência do estrangeiro.

26. Em contrapartida - e num médio prazo - reflectir-se-á logo de forma positiva o acesso aos bens essenciais.

27. E também não há que esconder que a nossa capacidade (duradoira) para fazer turismo no estrangeiro diminuirá drasticamente.

28. Mas tudo isto representa escolhas e caminhos complexos.

29. No fundo trata-se de melhorar a médio prazo (e nalguns casos a curto prazo) a vida de 70 ou 80% dos portugueses.

30. E, de facto, 'prejudicar' o de 5 ou 10%.

31. E os restantes decidirem se é mais importante para eles e para os seus descendentes ter um Samsung novo de ano a ano ou ter um serviço nacional de saúde para todos os anos, por exemplo.

32. E do ponto de vista político (cidadão) escolhermos ser independentes e senhores do nosso destino ou sujeitarmo-nos às regras de terceiros, que nunca irão parar de aprofundar a nossa dependência.

33. Eu tenho todas as minhas escolhas claras nisto... mas temos de ser completamente transparentes. e saber o que ESCOLHEMOS.

E NÃO VALE A PENA ILUDIR QUE ESTA OPÇÃO É, A MUITO CURTO PRAZO, A ÚNICA FRACTURA VERDADEIRAMENTE ESTRUTURANTE PARA O NOSSO FUTURO. O RESTO SÃO PALIATIVOS. E PASSAGEIROS...

 

 

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