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Novo estudo nega suposta "interrupção" do aquecimento global
Autor: N.A.

20-01-2017

Cientistas dos Estados Unidos e do Reino Unido concluíram em um novo estudo divulgado nesta quarta-feira que a suposta "interrupção" do aquecimento global defendida em alguns âmbitos se deveu a um erro no cálculo das temperaturas com os velhos métodos de medição.

Publicado em Janeiro na revista americana "Science Advances", o estudo confirma as descobertas divulgadas em 2015 pela Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos EUA (NOAA, na sigla em inglês) que defendiam que, longe de desacelerar, o aquecimento global ganhou impulso desde o início do século.

Tanto o estudo da NOAA como o publicado hoje pela "Science Advances" respondem a outro que constatava uma aparente redução na tendência de aumento das temperaturas durante o período 1998-2012, à qual os analistas se referiam como "interrupção" do aquecimento global.

Os negacionistas da mudança climática utilizaram os resultados desse estudo para defender sua tese.

Pesquisadores da Universidade de Berkeley na Califórnia e da inglesa Universidade de York concluíram que essa pausa documentada se deveu a um erro nos métodos anteriores de medição, que tenderam a calcular uma temperatura mais quente que o real.

No passado, a temperatura dos oceanos era medida com amostras de água canalizadas através da sala de máquinas dos navios, uma área quente que moderava os modelos.

Agora, a temperatura é medida com boias instaladas diretamente no oceano, razão pela qual os resultados são mais confiáveis.

O estudo constata que, enquanto em 1980, 80% das amostras eram obtidas através do primeiro método, agora essa mesma percentagem é registada com boias.

Os defensores da "interrupção" do aquecimento global combinam em seus estudos os resultados com ambos os métodos.

Além de constatar a origem do mal-entendido, os cientistas de Berkeley e York fizeram um estudo da evolução das temperaturas utilizando separadamente dados obtidos pelas boias, satélites e robôs flutuantes, e os resultados obtidos foram idênticos aos da NOAA.

Desde o ano 2000, o aquecimento dos oceanos se acelerou até um ritmo de 0,12 graus centígrados por década, quase o dobro que durante o período 1970-1999, quando o aquecimento foi de 0,07 graus a cada dez anos.

O estudo da NOAA recebeu várias críticas na Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, que alguns atribuíram a razões políticas e não científicas, motivo pelo qual este novo estudo apresenta os resultados de forma independente.

 

 

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