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Activistas ambientais permanecem firmes enquanto oleoduto DAPL se aproxima do Rio Missouri
Autor: Nika Knight

16-12-2016

No meio de ameaças constantes e a construção do oleoduto, activistas ambientais indígenas prometem continuar lutando contra o oleoduto Dakota Access. Enquanto a construção do oleoduto Dakota Access rapidamente se aproxima do Rio Missouri, a tribo Standing Rock Sioux e aliados estão prometendo continuar com sua resistência contra o oleoduto mesmo com as prisões violentas e tratamento desumano aplicados pela polícia, e ameaças contínuas do governo e de forças da indústria.

“Não sobrou muita terra entre a água e o equipamento”, disse Cheryl Angel, membro da tribo Sicangu Lakota que ajudou a criar o acampamento de protesto Sacred Stone, ao The Guardian.

O jornal relata:

“Eles estão logo ali. Entraram na nossa terra sagrada. Não há tempo para esperar”, disse a mulher de 56 anos, com lágrimas nos olhos ao apontar para a água e o oleoduto que se aproxima. “Está quase completo. Tudo o que precisam fazer é ir por baixo daquele rio.”

Não é claro quando a fase final da construção pode terminar, mas activistas nativos, no domingo, disseram que o projecto estava apenas a alguns quióômetros da água e que a equipe de construção parecia estar trabalhando a um ritmo rápido. A porção do oleoduto de 1.172 quilómetros que fica no Dakota do Norte estava originalmente agendado para ser concluído em novembro.

E mesmo enquanto apoiantes protestam em solidariedade ao redor do mundo, e os analistas de direitos humanos vão até a área para observar a polícia, os activistas ambientais indígenas ainda se encontram constantemente de guarda contra forças hostis.

De facto, nessa semana ocorreram duas situações assustadoras, um misterioso incêndio perto do acampamento e também uma filmagem de um técnico de segurança armado da Dakota Access que estava infiltrado entre os activistas durante os conflitos da semana passada com a polícia.

Todos os sinais apontam que a companhia do oleoduto poderia ter conexão com ambas as ameaças, disse o organizador da Rede Ambiental de Indígenas, Dallas Goldtooth.

O DemocracyNow! compartilhou as imagens, filmadas durante as prisões da última quinta-feira e o desmonte violento do acampamento de protesto, que mostra um técnico de segurança da Dakota Access segurando um rifle de assalto AR-15 e usando um lenço vermelho sobre o rosto, apontando sua arma para os activistas que estavam tentando acalmar a situação. O técnico, que tinha um cartão de identidade da DAPL e cujo seguro do caminhão havia sido feito pela DAPL, estava aparentemente tentando infiltrar o acampamento.

O homem foi preso por policiais do Bureau de Relações Indígenas e foi entregue ao FBI.

“É bem horripilante saber que o DAPL tem infiltrados em nosso acampamento”, disse Goldtooth ao DemocracyNow! “Eles estão pagando pessoas como essa, armadas, para criar situações de conflito, bem perigosas. Não sabemos quais poderiam ter sido suas acusações. Ele poderia ter atirado na polícia, criando uma situação na qual a polícia acredita que estivesse vindo dos ativistas, quando não estava”.

O noticiário também reportou sobre um incêndio que ocorreu sábado a noite, ao qual serviços de emergência se recusaram atender, segundo relatos – mesmo com ligações repetidas à polícia feita pelos activistas.

“O que é mais preocupante para mim é isso”, explicou Goldtooth:

A desculpa que usaram para irem contra o acampamento era para eles quebrarem a barricada que montamos, para que os serviços de emergência chegassem […] no nosso acampamento principal. A razão deles para usarem balas de borracha e spray de pimenta e granadas nos nossos activistas era para terem acesso para fornecerem serviços de emergência, como ambulâncias, bombeiros, se fosse necessário, no nosso acampamento principal. Então porque, alguns dias depois, quando um incêndio realmente aconteceu, o departamento do Cherife de Morton County ignorou ligações e pedidos de ajuda e não enviou ambulâncias ou bombeiros ao local que disseram que precisavam ir?

Outras filmagens do dia dos conflitos mostram outro homem “em um casaco branco, jeans e um rabo de cavalo preto empurrando protestantes até uma linha de policiais”, de acordo com o Los Angeles Times.

Mesmo com a sensação de ameaças constantes e ainda cambaleando das prisões em massa, os activistas realizaram uma marcha pacífica e um círculo de orações no sábado em uma ponte que os policiais haviam fechado, demonstrando seu comprometimento com à causa e com protestos pacíficos.

“A luta está longe de acabar”, disse Kandi Mossett da Rede Ambiental de Indígenas ao LA Times. “É muito difícil para nós continuarmos rezando e fazendo cerimónias quando eles usam violência contra nós. Mas seremos como rochas”.

Fonte: Common Dreams

 

 

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