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Estado mais populoso da Alemanha prepara-se para acidente nuclear
Autor: El País

28-10-2016

Governo comprou 21 milhões de comprimidos de iodo para fazer face a um potencial acidente nuclear nas centrais 'menos seguras' do mundo.

A compra é a mais recente reação do governo face ao perigo a que está exposta a população da Renânia do Norte-Vestfália, que conta com cerca de 18 milhões de habitantes, devido à proximidade dos reatores nucleares belgas Doel e Tihange, que contam com um longo historial de falhas técnicas.

Os comprimidos de iodo, que visam minorar os efeitos da radiação no corpo humano, serão sobretudo distribuídas por mulheres grávidas e crianças entre a população que vive num raio de 100 Km de distância dos dois reatores.

O anúncio da aquisição dos comprimidos de iodo traduz, de acordo com o jornal alemão "Die Welt", o “grande medo da Renânia do Norte - Vestfália perante as avarias nos reatores belgas e a possibilidade de uma catástrofe nuclear".

Segundo organizações ecologistas belgas e alemãs, as centrais de Doel e Tihanga estão classificadas como as “menos seguras” do mundo.

Num relatório da Agência Internacional de Energia Atómica da ONU é assinalado que a a Bélgica detém o recorde mundial de "paralisações não planeadas" nas suas centrais nucleares, formulação que o "El País" afirma ser uma "forma elegante de sublinhar que as avarias nos seus reatores representam um perigo para o país e para os seus vizinhos alemães e holandeses".

Recentemente, o executivo regional apoiou a ação apresentada pela cidade de Aachen, que reivindicou o encerramento da central de Tihange, localizada a uns escassos 70 quilómetros. Em abril, a ministra alemã do ambiente, Barbara Hendricks, justificava a exigência de Berlim no sentido do encerramento das duas centrais mais antigas da Bélgica sublinhando que “os peritos independentes da comissão de segurança nuclear não puderam confirmar que seja possível cumprir as margens de segurança da Tihange 2 e Doel 3.

De acordo com o jornal diário espanhol ABC, ambos os reactores deveriam funcionar até 2015, mas as autoridades belgas prolongaram o seu período de exploração até 2025. A equipa de peritos que assessorou Barbara Hendricks aponta que a decisão pode provocar um desastre nuclear devido ao desgaste do metal, o que pode causar uma fuga radioativa.

 

 

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