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Morreu Albert Uderzo, um dos pais de Astérix e Obélix

27-03-2020 - Luís Salvado

Albert Uderzo, co-criador e desenhador das aventuras de "Astérix", uma das séries de BD mais vendidas em todo o mundo, morreu esta terça-feira aos 92 anos, vítima de ataque cardíaco, confirmou a sua família.

Albert Uderzo, co-criador da série de banda desenhada "Astérix" com René Goscinny, morreu esta terça-feira aos 92 anos.

"Albert Uderzo morreu em sua casa, em Neuilly, de um ataque cardíaco, não relacionado com a covid-19", disse Bernard de Choisy, genro do desenhador, à agência de notícias France Presse.

"Estava muito cansado, desde há várias semanas", acrescentou.

"Astérix" tornou-se numas das séries de banda desenhada mais populares de todos os tempos. Publicadas inicialmente na revista "Pilote" e posteriormente em álbum, as aventuras de Astérix tornaram-se um verdadeiro fenómeno de popularidade: ao longo das décadas, venderam-se cerca de 400 milhões de livros do guerreiro gaulês, o que o tornou a BD europeia mais vendida de sempre.

Ao mesmo tempo, principalmente nas décadas de 60 e 70, com a sua paródia inteligente e acutilante aos costumes da época, a série saiu das baias do público infanto-juvenil e tornou-se uma referência entre a intelectualidade europeia, sendo apreciada e discutida nas publicações de referência.

Para se ter uma ideia do impacto, logo em 1965, o primeiro satélite artificial francês lançado ao espaço é batizado de Astérix e em setembro do ano seguinte o herói gaulês surge na capa do "L'Express", com o título "O Fenómeno Astérix".

Uderzo iniciou a sua carreira de artista em Paris depois da II Guerra Mundial, em 1945, com a aventura de capa e espada "Flamgerge" e as peripécias de "Clopinard", um pequeno idoso perneta que vencia todas as contrariedades. Em 1947-1948 criou personagens como Belloy e Arys Buck.

Em 1951, já com algum trabalho publicado, Uderzo conhece René Goscinny, que seria o seu principal parceiro criativo até à morte prematura deste em 1977.

Juntos criam séries como a do índio Humpá-Pá, João Pistolão e Luc Junior e juntos participam na criação da revolucionária revista "Pilote", em 1959, com Astérix a estrear-se logo no primeiro número.

Na mesma revista, Uderzo assegura ainda o desenho de outra série de BD mais realista, com argumentos de Jean-Michel Charlier: a da dupla de aviadores Tanguy e Laverdure.

O sucesso esmagador de Astérix levaria cada vez mais Uderzo a concentrar-se no desenho das aventuras do pequeno herói gaulês, que nos anos 60 começam também a ser transpostas para a animação de longa-metragem, num esforço de produção significativo para a ainda incipiente indústria do desenho animado da época em França.

O irredutível guerreiro gaulês apareceu pela primeira vez em Portugal, nas páginas da revista Foguetão, no dia 04 de maio de 1961. Foi publicado ainda em revistas como Cavaleiro Andante, Zorro, Tintin, Flecha 2000 e Jornal da BD.

Em 1967, foi editado o primeiro álbum de Astérix em Portugal: "Astérix, o Gaulês".

Fonte: Sapo.pt

 

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