O forcado insolente e magnífico
Dança nos cornos do touro bravo.
É a Festa da vitalidade
Mais pura deste mundo.
Celebração herética
Da insubmissão radical
À lei do mais forte.
Confronto mágico
De lealdade biológica
Ancestral e bruta
Entre feras antigas,
No vórtice do medo
E do atrevimento mortal.
Tributo à fertilidade telúrica
Da Lusitânia eterna,
Que não se deixa governar.
(até a padeira, precisou ter os colhões no sítio, para resolver as coisas à pazada).
Fernando Pacheco
Alvor 03 de novembro de 2019