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“Eighth Grade”, de Bo Burnham: é um filme sobre a geração virtual e o futuro que a aguarda

30-11-2018 - Septima

Bem, é difícil avaliar este filme. É consistente e linear, não é aborrecido, parece muito planeado, não há nem uma gota de experimentalismo e foi feito de forma segura.

Tudo isto deixa-me a pensar que poderia ter sido muito mais do que é. Na minha opinião, há outros temas e medos que poderiam ter sido explorados, pois a mente de uma criança é um dos elementos mais curiosos e caóticos que existem.

“Eighth Grade”, de Bo Burnham

Por outro lado, talvez não me consiga relacionar completamente com este filme porque as crianças e pré-adolescentes de hoje em dia são muito diferentes das da minha geração. Lembro-me que quando tinha 13 anos o que mais queria fazer depois da escola era chegar a casa para poder ver cartoons, anime ou Disney Channel/Nickelodeon, por exemplo. Os telemóveis e computadores não tinham tanto valor, eram só máquinas que serviam só para nos comunicarmos uns com os outros quando necessário.

Será que é este o futuro da juventude? Uma sociedade que só consegue viver virtualmente?

No entanto, há algo que este filme retrata bem: o nervosismo e medo sentido por uma criança de 13 anos em cada decisão e acção que tem de tomar. De resto, em relação ao  plot , só gostaria que tivesse sido explorado mais profundamente.

“Eighth Grade”, de Bo Burnham

O realizador Bo Burnham, conhecido pelos seus fantásticos stand-up comedy: “Make Happy” e “What.”, expressou as suas ideias e opiniões acerca da juventude dos dias de hoje nesta longa-metragem. Quem conhece, sabe que Burnham usa a ironia e outros métodos subliminares para expressar a sua opinião em relação a um certo assunto, tanto os bons e maus aspectos do mesmo. Aqui, em “Eight Grade” é possível perceber que ele crítica os jovens por serem tão ligados à internet e às redes sociais, como se fossem prisioneiros das mesmas. Mas, por outro lado, o cineasta faz-nos perceber que a culpa não é só deles, mas sim do facto daquela ser uma das únicas maneiras que as crianças de hoje em dia têm para se expressarem, porque nem os próprios pais lhes dão a atenção necessária.

Este artigo foi originalmente publicado em Septima, e é da autoria de João Pedro, tendo sido aqui reproduzido com a devida autorização.

Fonte: Comunidade Cultura e Arte

 

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