Dificuldades financeiras deixam Tomar sem Festival Estátuas Vivas
16-05-2014 - Lusa
O Festival Estátuas Vivas que se realizava desde 2010 em Tomar não vai acontecer este ano por incapacidade financeira do município, disse hoje à Lusa a presidente da câmara.
Anabela Freitas explicou que foi apresentado ao executivo municipal um orçamento de 85.000 euros que a autarquia não pode suportar.
"Tentámos reduzir a dimensão do festival, mas não houve abertura e tivemos que tomar uma decisão", disse, sublinhando que a falta de apoio do município se deve a razões exclusivamente financeiras.
O Festival Estátuas Vivas de Tomar, evento integrado no projeto Máquina do Tempo, contou, ao longo das suas quatro edições, com uma comparticipação de 85% de fundos comunitários, estando previsto, findo esse financiamento, alcançar a sustentabilidade financeira através da cobrança de ingressos e de apoios institucionais e comerciais.
O coordenador do festival, Eduardo Mendes, escreveu uma nota dando conta da não realização do festival, explicando que fez os primeiros contactos com a presidente da câmara municipal em dezembro, altura em que foi "apresentada uma proposta com as linhas gerais do evento".
"Até finais de janeiro, foram pormenorizados todos os conteúdos artísticos, logísticos e financeiros do evento, tendo esta planificação sido apresentada à Divisão de Comunicação, Cultura e Turismo" do município com vista ao início dos contactos com todas as entidades envolvidas, indicou.
Eduardo Mendes alega que a demora na tomada de uma decisão pelo executivo "bloqueou" a organização do festival, pelo que considera "não estarem reunidas as condições para poder colaborar em mais uma edição do Festival Estátuas Vivas de Tomar".
Realçando o papel de António Santos, o `Staticman`, desde o início associado ao evento, e da anterior vereadora Rosário Simões, o coordenador do festival deixa expresso o seu desejo de "que seja encontrada a melhor solução para que o evento possa continuar a ser uma referência cultural e turística de Tomar, contribuindo para a dinamização económica da cidade".
Contudo, Anabela Freitas assegurou que o município "não tem objetivamente dinheiro para manter o festival na dimensão em que foi criado", lamentando que não seja possível adotar outro formato.
Voltar |