| O centenário do nascimento de um poeta maior da Lusofonia
23-12-2016 - TSF
Faltavam menos de dois meses para completar 98 anos quando Manoel de Barros morreu, em 2014.
Nem a morte do poeta símbolo do modernismo brasileiro, considerado o maior poeta brasileiro do século XX por Carlos Drummond de Andrade, nos impede de estar aqui a celebrar o centenário do nascimento do homem que dizia que, de tudo o que escrevia, 90% era invenção e só 10% era mentira.
Manoel de Barros foi um inventor como o são todos os poetas, e dizia que nunca deixou a infância. Editou primeiro aos 20 anos, mas foi já com quarenta que intensificou a sua produção. E é só na década de noventa do século XX que a edição é mais acentuada.
A Gramática expositiva do chão, de 66, é uma espécie de obra maior, mas Manoel de Barros é daqueles que dificulta a escolha de uma obra.
O documentário, só 10% é mentira, de Paulo Cézar, é uma espécie de testamento do autor, que assume que gostaria de ser reconhecido como poeta, porque em tudo o resto, é igual a todos os homens.
E como as poesias, e os poetas são eternos, continuamos sempre a celebrá-lo.
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