| Azulejo: um património de Lisboa 'Fragmentos de Cor. Azulejos do Museu de Lisboa' no Pavilhão Preto
17-06-2016 - N.A.
O acervo único de azulejaria, em posse do Museu de Lisboa, protagoniza a exposição Fragmentos de Cor. Azulejos do Museu de Lisboa, comissariada por José Meco. Até setembro, os visitantes podem ficar a conhecer alguns dos melhores exemplares da coleção numa perspetiva diacrónica, desde o século XVI até à atualidade.
Da origem árabe à influência holandesa, o azulejo português tornou-se ao longo de séculos uma marca identitária da própria portugalidade. Para além deste rio que abraça o mar, das colinas luminosas ou do fado, Lisboa é a grande cidade do azulejo. Omnipresente na paisagem urbana, através das fachadas dos prédios, dos pátios, das igrejas, dos palácios ou dos miradouros, o património azulejar da cidade é rico, diversificado e único no mundo.
Ao longo de décadas, o Museu de Lisboa reuniu um riquissimo acervo, que, pelo número, variedade e qualidade dos exemplares, o afirma como um dos mais importantes do país. Composto, sobretudo, por azulejos provenientes de edifícios demolidos ou remodelados, de prédios em ruínas ou de intervenções arqueológicas, esta coleção é agora protagonista de uma exposição que compreende cinco séculos de história.
Comissariada por José Meco, reputado especialistas e investigador, Fragmentos de Cor. Azulejos do Museu de Lisboa pretende dar mais um contributo para o conhecimento aprofundado desta arte que é urgente entender como um grande património coletivo. Como nos referia o agora comissário, "“não tendo sido nós, portugueses, que descobrimos o azulejo, fomos nós quem lhe deu a fantasia criativa que mais nenhum outro povo lhe soube dar, sobretudo na sua integração arquitetónica". E, sublinha, “desde o século XVI até hoje, nenhuma outra cidade do mundo produziu tanto azulejo e com tanta qualidade e originalidade.”
Exemplares magnificos dessa riqueza inigualável, desse elemento identitário de Lisboa, que foi um importante centro de produção e consumo deste tipo de material cerâmico ao longo dos tempos, podem ser vistos no Pavilhão Preto do Palácio Pimenta (antigo Museu da Cidade), até 25 de setembro.
[ texto de Frederico Bernardino | fotografias de Humberto Mouco/CML-ACL ]
3 jun a 25 set/16
Museu de Lisboa - Palácio Pimenta
Campo Grande, 245
1700-091 Lisboa
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