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“Volta à Terra” - Filme português estreou em França exalta valores do campo

15-04-2016 - N.A.

O filme "Volta à Terra", que estreou recentemente em França, pretende transmitir uma "lição de bem viver", a partir de uma aldeia do interior de Portugal, explicou à Lusa o realizador português João Pedro Plácido.

O documentário é o retrato do Lugar da Uz, a 20 quilómetros de Cabeceiras de Basto, onde os habitantes têm "valores comuns" de respeito pelo outro, pela terra e pelos animais e que podem sensibilizar "mesmo quem nada tem a ver com o campo, até mesmo o parisiense", disse o realizador, acrescentando que o que o "levou a fazer o filme foi querer partilhar com o público" esses valores.

"A entreajuda, o reconhecimento da importância do outro, a agricultura de subsistência, uma política de não consumismo e a partilha e o amor pelos animais e pela natureza são um espírito muito forte que não há nas cidades. Acaba por ser também uma lição de bem viver e de bem-estar. No fundo também é essa a mensagem que me interessa passar", descreveu João Pedro Plácido.

Rodado entre dezembro de 2011 e janeiro de 2013, o filme nasceu da admiração do realizador pela ruralidade, um universo que evoca as suas raízes familiares.

"A minha mãe nasceu ali, os avós que me educaram em Lisboa também vinham de lá e eu passei lá muito tempo nas férias de verão todos os anos. Eu ia lá e essas pessoas, no fundo, acabaram por ser uma espécie de heróis desde a minha infância", afirmou João Pedro Plácido, caracterizando-se como "um citadino educado com os valores do campo" que lhe parecem "muito mais humanos e muito mais corretos do que aqueles que se vivem e se praticam na cidade".

João Pedro Plácido gostaria que o seu filme conseguisse "motivar a comunidade portuguesa de França para ir ao cinema" porque - pelo que viu nas antestreias nas salas francesas - o documentário suscita muita empatia dos espetadores com "um tema universal".

"É um filme que toca muito os emigrantes que ficam muito felizes, que veem o passado. É um filme que lhes toca o coração e a alma. Pelo que tenho visto nos debates, toda a comunidade portuguesa - e também muitos franceses que vêm do mundo rural - se identificam completamente com o filme", continuou.

Eleito o melhor filme português do DocLisboa 2014 e tendo conquistado vários prémios internacionais, o documentário esteve também presente no Festival de Cannes.

 

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