CELEBRAR CHICO BUARQUE
90 minutos a revisitar a obra do músico carioca
11-03-2016 - N.A.
Para comemorar os 70 anos de Chico Buarque, Claudio Botelho e Charles Möeller conceberam um musical a partir das criações inigualáveis do músico carioca para o teatro e o cinema. Todos os Musicais de Chico Buarque em 90 minutos passa por Lisboa, dois anos após a estreia, a 11 e 12 de Março, no Campo Pequeno.
Dez anos após terem apresentado Ópera do Malandro, a dupla Botelho/Möeller regressa a Chico Buarque através de um musical que compila algumas das peças mais famosas de um dos criadores maiores do Brasil. Em palco, os atores/intérpretes Claudio Botelho, Soraya Ravenle, Malu Rodrigues, Estrela Blanco, Lilian Valeska, Renata Celidonio, Felipe Tavolaro e Rodrigo Cirne dão corpo e voz a temas imemoriais como Samba do grande amor, Gota d´Água, Eu te amo ou O que será.
Ao longo de 90 minutos revisitam-se alguns das mais marcantes composições do multifacetado músico brasileiro para os palcos e para o cinema. Apelando à natural dramatização das canções, o espectáculo viaja por peças musicadas por Chico Buarque, como Morte e Vida Severina, de José Cabral de Melo Neto, Os Saltimbancos, a partir de Sergio Bardotti e Luiz Henriquez Bacalov, Gota d´Água, coescrita com Paulo Pontes, ou Ópera do Malandro, a visão carioca de A Ópera dos Três Vinténs de Brecht/Weill.
Os múltiplos contributos para o cinema também não são esquecidos. No Campo Pequeno vão ser interpretadas canções que ultrapassaram os filmes e se tornaram património da música popular brasileira, como O que será, do filme de Bruno Barreto Dona Flor e os seus dois maridos, ou Eu te amo, do filme homónimo de Arnaldo Jabor.
Encadeadas na história de uma companhia de teatro, com os seus sucessos, encontros e desencontros, e memórias já comprometidas pela idade do seu director, as grandes canções desfilam por Todos os Musicais de Chico Buarque em 90 minutos, compondo um espectáculo único de teatro musical. Para ver, a 11 e 12 de Março, na Praça de Touros do Campo Pequeno.
[ texto de Frederico Bernardino | fotografias de Leo Aversa]
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