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Autores da petição pela “Manutenção das obras de Miró” vão ser ouvidos

24-01-2014 - Lusa

A petição pela "Manutenção em Portugal das obras de Miró", iniciativa do artista plástico e galerista Carlos Cabral Nunes, foi hoje aprovada por unanimidade pela comissão parlamentar de Educação, Ciência e Cultura, disse à Lusa fonte parlamentar.

"Agora ir-se-ão ouvir os peticionários, em audição, e a deputada Gabriela Canavilhas, do PS, está encarregada de fazer o respectivo relatório", disse a mesma fonte.

A petição, disponível em Petições Pulicas, recolheu mais de 8.100 assinaturas, e foi já enviada para o Parlamento Europeu (PE), revelou na segunda-feira à noite, à agência Lusa, fonte da organização da iniciativa.

De acordo com Carlos Cabral Nunes, do Colectivo Multimédia Perve, a petição foi enviada para o PE para dar conhecimento do caso àquela instituição parlamentar da União Europeia.

"Também queremos verificar se existe legislação europeia que possa estar a ser infringida com a decisão de venda", pelo Estado, da colecção de obras de Joan Miró, cujo leilão está marcado para Fevereiro, em Londres, pela Christie´s.

Iniciativa da Casa da Liberdade Mário Cesariny, do Coletivo Multimédia Perve, a petição defende a suspensão da venda das obras que se encontram na posse do Estado português, através do processo de nacionalização do antigo Banco Português de Negócios (BPN).

Os signatários da petição defendem ainda a classificação e disponibilização das obras ao público, num museu, em Portugal.

Os promotores consideram que a venda, a ser concretizada, é "danosa e irreversível" para o país, e, por isso, levaram o caso a debate público nas redes sociais e à Assembleia da República.

Na última sexta-feira, dois projectos de resolução dos grupos parlamentares do PS e do PCP, contra a venda das obras, também foram chumbados pela maioria PSD/CDS-PP, numa votação em plenário.

Na semana passada, o PCP e o PS apresentaram no parlamento projectos de resolução no sentido de suspender a venda do espólio do pintor Joan Miró que se encontra na posse do Estado português desde a nacionalização do ex-BPN.

Contactado pela Lusa, Carlos Cabral Nunes, do Colectivo Multimédia Perve, sublinhou que "a petição representa um movimento de cidadania transversal à sociedade portuguesa".

Disse ainda que o Colectivo Multimédia Perve enviou um requerimento assinado por 30 pessoas à Direcção-geral do Património Cultural (DGPC), pedindo a classificação das obras para que a venda seja suspensa.

"Já não se trata somente da questão das 85 obras de Joan Miró, embora se mantenha como pedido de classificação central. Trata-se igualmente de pedir a classificação do demais património artístico do BPN", declarou à Lusa Carlos Cabral Nunes sobre outras obras de arte que estariam nos fundos da entidade bancária.

O curador, e um dos fundadores da Casa da Liberdade - Mário Cesariny, adiantou ainda que o colectivo está a ponderar organizar uma concentração em frente às instalações da DGPC, na Ajuda, em Lisboa, para um encontro-manifestação, "pedindo que o assunto seja despachado a tempo de suspender a venda", em Fevereiro.

O secretário de Estado da Cultura, Jorge Barreto Xavier, já anunciou publicamente que "a aquisição da colecção de Joan Miró não é considerada uma prioridade no actual contexto de organização das colecções do Estado".

 

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