E QUE VIVA A CIDADANIA ASSOCIATIVA!
‘A Colectividade’ no Teatro Meridional
13-11-2013 - N.A.
São duas horas de puro divertimento, onde ao espetáculo se somam as tradicionais rifas, os inovadores shots de caldo verde ou os artefactos gloriosos de uma velha coletividade. Afinal, não é todos os dias que se apagam 75 velas a um símbolo do coletivo e da cidadania associativa! A Colectividade, que a encenadora Natália Luiza idealizou para o Teatro Meridional, só pode mesmo estar de parabéns. E, até 6 de dezembro, a festa continua...
Os tempos estão pouco ou nada festivos, por isso é preciso uma festa para, como cantava Zeca Afonso, “animar a malta”. A mais recente produção do Teatro Meridional é, por isso mesmo, “uma homenagem à leveza e à alegria, a comemoração da capacidade de pessoas felizes fazerem outras mais felizes”, como refere a encenadora e criadora de A Colectividade .
Num enaltecimento do “coletivo e da cidadania associativa”, Luiza constrói “uma utopia”, criando uma dramaturgia – inspirada em textos e “tiradas” de Camilo, Cottinelli Telmo, António Lopes Ribeiro e Vasco Santana, entre outros – que faculta um passado de 75 anos a uma coletividade imaginada. É a festa de comemoração dessa tão importante efeméride que o público experimenta através de um espetáculo composto por atores de várias faixas etárias (16 deles provêm de um protocolo celebrado entre o Teatro Meridional e a Act School) onde o teatro, a música e a dança acontecem.
Uma enorme festa, pontuada pelo profundo sentido humanista que carateriza as produções do Meridional, de onde se sai mais convicto de que um outro mundo é possível.
[ texto de Frederico Bernardino | fotografias de Francisco Levita/ACL-CML ]
21 out a 6 dez/15 Maiores 6 anos
Teatro Meridional
Rua do Açucar, 64
1950-009 Lisboa
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