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"Muro" da Palmilha Dentada estreia-se no Porto para lembrar os muros que separam

19-06-2015 - Lusa

A companhia de teatro Palmilha Dentada vai estrear, no Teatro Nacional São João, no Porto, a peça "Muro", um texto que pretende lembrar os muros e os ódios que separam, disse hoje o autor.

"Muro", escrita e encenada por Ricardo Alves, vai estar em cena quarta e quinta-feira, no âmbito do Festival Internacional de Teatro de Expressão Ibérica (FITEI).

Para o autor e encenador, a "ideia de falar sobre o muro era lembrar os muros" que separam hoje à semelhança de outros que separaram no passado, recuperando as duas famílias de "Romeu e Julieta" -- os Capuletos e os Montecchios - como "símbolos dos ódios da história da literatura".

Ricardo Alves realçou que mais importante do que deitar os muros físicos abaixo é prevenir os ódios que levam ao seu erguer, recordando o caso do muro de Berlim que, "como se vê, continua cá estes anos todos depois", ainda que o "inimigo [seja] outro".

Questionado sobre a possibilidade de se viver sem ódio, Ricardo Alves reconhece que tal possa não ser possível.

"Se calhar o melhor que temos a fazer é aprender a viver com eles", admitiu o encenador, que sublinhou que o ser humano é "visceral quando defende e visceral quando ataca".

Fora do contexto de "Romeu e Julieta", "Muro" procura ser "um momento refletivo e analítico sobre as funções de um muro, da sua forma e da sua função social".

"Dois solicitadores, representando a família dos Capuletos e a dos Montecchios discutem em que termos é que as famílias poderão construir um muro na linha que separa as propriedades das duas famílias", pode ler-se na sinopse da peça.

Lusa

 

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