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Os portugueses Toques de Caramulo querem partir de Cabo Verde para "outros voos"

10-04-2015 - Lusa

A banda portuguesa Toques de Caramulo quer aproveitar a atuação na terceira edição do Atlantic Music Expo Cabo Verde (AME-CV) para alcançar "outros voos" e ser contactada para fazer mais concertos noutros países.

O desejo foi manifestado à agência Lusa, na Cidade da Praia, pelo músico Luís Fernandes, elemento do grupo Toques de Caramulo, que atuou terça-feira pela primeira vez no Atlantic Music Expo Cabo Verde (AME-CV).

O festival já vai na terceira edição e, durante três dias, reúne centenas de profissionais da música na capital cabo-verdiana, entre produtores e organizadores festivais, provenientes de 30 países, que expõem os seus produtos e debatem a sua atividade.

Luís Fernandes disse que foi uma "oportunidade única" ter atuado no AME-CV, por haver, entre o público presente, decisores e profissionais da música de todo o mundo, pelo que espera não só voltar a Cabo Verde como também atuar noutros países.

"Vamos ver, mas não deixa de ser já um facto importante, para nós, estar aqui e ter tocado aqui e fazer com que, durante uma hora, a festa fosse serrana em Cabo Verde", orgulhou-se o músico aludindo ao repertório esquecido da Serra do Caramulo, no distrito de Viseu, que a banda tem vindo a reinterpretar desde a sua fundação, há cerca de 15 anos.

Luís Fernandes recordou que esteve no AME, no ano passado, mas "noutras funções", considerando que o facto de estar este ano como artista, a atuar, é a "felicidade suprema", por apresentar os projetos criativos num palco com a importância, dimensão e exposição do AME.

O grupo encontra-se em Cabo Verde há mais de uma semana, também para participar numa residência artística, com o projeto Reportório Osório, tendo percorrido a ilha de Santiago para concertos, ensaios abertos e interação com os músicos locais.

Uma dessas interações resultou no convite ao grupo Ferro e Gaita para atuar em julho, no Festival Intermunicipal de Músicas do Mundo (Festim), em Águeda, Albergaria-a-Velha e Ovar, uma iniciativa da d'Orfeu Associação Cultural, no âmbito da qual nasceu o projeto Toques de Caramulo.

O vocalista da banda, que conta já com década e meia de estrada, considerou, por isso, que o AME e Cabo Verde são os interpostos ideais para trocas e permutas musicais no atlântico.

"Cabo Verde é um interposto ideal, pela sua localização geográfica e esta feira é um interposto atlântico para África, Europa e América, uma vez que estão aqui decisores culturais de todo o mundo", defendeu Luís Fernandes.

Os Toques do Caramulo fundem a sonoridade rude da tradição com cores das novas músicas, num espetáculo em que se torna patente a energia musical e a interação com o público.

Recorrem a instrumentos tradicionais e clássicos como o acordeão, a rabeca, guitarra acústica, mas também a flauta e o contrabaixo e, em cada atuação, de acordo com a banda, são feitas recriações dinâmicas, livres e muito festivas do repertório esquecido da Serra do Caramulo.

Além de Luís Fernandes, na voz, braguesa, acordeão e flauta, os Toques do Caramulo incluem Pedro Martins, em violino e bandolim, Alex Duarte, em guitarra, Miguel Cardoso, em contrabaixo, e Gonçalo Garcia, na bateria.

Depois de Cabo Verde, segundo o seu sítio na internet, o grupo tem agendada ainda, este ano, a participação no Festival Traversées Tatihou, na Normandia, em França.

RYPE // MAG

 

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