Colecção Berardo – uma exposição permanente em Lisboa
10-10-2010 - N.A.
Nas palavras do director artístico do Museu Colecção Berardo, Pedro Lapa:
“A apresentação da colecção do museu no piso -1 é dedicada ao período que se inicia em 1960 e vem até aos nossos dias. A exposição segue uma ordem cronológica e agrupa os mais significativos movimentos artísticos das neo-vanguardas, como sejam o minimalismo, o conceptualismo, o pós-minimalismo, a Land Art ou a Arte Povera, entre outros. No curso destes movimentos o objecto artístico sofreu uma profunda reconfiguração das suas categorias tradicionais, pelo que a sua manifestação implicou a realização de pressupostos apenas vislumbrados pelas vanguardas históricas, e um refazer, no depois desse tempo.
Se até à década de 1970 ainda era possível identificar as características de uma obra em função destes movimentos, nos anos subsequentes a ideia de movimento artístico perdeu pertinência e deu lugar a uma proliferação de discursividades artísticas susceptíveis de diversos entendimentos, alguns deles propostos aqui. A emergência da narrativa, que a arte moderna suspendera, assume a partir desta década novas dimensões, a que o contributo de outros media menos considerados pela historiografia, como a fotografia e o filme, não é alheio. Neste domínio são enquadráveis práticas muito diversificadas: umas de natureza diária; outras como um relacionamento traumático e diferido do real, ou como os discursos que reclamam alteridades de posicionamentos culturais, nacionais ou sexuais; ainda práticas que exploram a relação com o arquivo histórico, em que este tempo de um depois opera sobre a memória; ou por fim atitudes de justaposição de traços de diferentes espaços e lugares num singular objecto artístico, que assim redefine estruturas culturais relacionadas com a sua percepção e uso.
Esta apresentação conta com a participação de algumas obras provenientes de outras colecções: Teixeira de Freitas, Ellipse Foundation e Direcção-geral da Artes.”
Aproveite e visite esta nova exposição para se encantar com alguma das mais fantásticas peças de arte que vão desde a década de 60 até ao ano 2010.
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