Aprecie o que é único com os vinhos portugueses
03-10-2014 - Álvaro Cézar Galvăo
Desafie os seus sentidos, aprecie o que é único com os vinhos portugueses prova de vinhos
Meninas e meninos,
Quer palavras mais expressivas do que esta “Desafie os seus sentidos, aprecie o que é único”?
Pois foi assim que abrimos os trabalhos, diria quase religiosos, para não cair no comum de citar “beber de joelhos”, os vinhos apresentados pelo amigo Jorge Lucki no painel exclusivo para jornalistas credenciados.
Devido à raridade de alguns exemplares, o número de presentes foi muito restrito, mas para quem pode, como eu, presenciar e degustar, foi uma bênção e um enorme aprendizado, como sempre tem sido em ocasiões como estas.
Como a disputa por ser o país com a maior quantidade de cepas autóctones, Portugal e Itália garantem ser cada um deles, vejo que ao menos pelo lado da informação, Portugal está à frente, pois eventos com vinhos portugueses são mais frequentes.
O cuidado e esmero com que este máster class foi preparado nos levam para o grande profissionalismo que tomara nós do Brasil, tivéssemos com nossos vinhos.
Quinta de San Joanne Escolha 2000, vinho regional Minho, antigo, com passagem por madeira e vinificado por Anselmo Mendes, corte de Avesso, Alvarinho e Chardonnay.
Não houve quem não gostasse deste vinho, diferente, toques de evolução, amplo em boca e muito vivo e com acidez ímpar.
O Marquês de Borba Reserva 2003 estava impecável.
O Reserva Cortes de Cima 1998, vinho Regional Alentejano 85% Aragonês e 15% C. Sauvignon, para mim foi de tirar o fôlego, ainda mais sabendo pela explicação que foi fermentado sem tirar os engaços, e o resultado, uma obra-prima!
Pera Manca 1998, clássico, equilibrado e generoso.
Dois dos vinhos foram fortificados, um deles o Moscatel de Setúbal “Centenário”, ainda não engarrafado e com estágio por madeira durante mais de 20 anos, garantem alguns que 30 anos em madeira é o correcto, e o Porto Burmester Colheita 1955, que estava em casco de madeira até seu engarrafamento em 2011, mais um vinho que deve ser degustado de joelhos e olhando os céus agradecendo a oportunidade.
Tudo isto, é pouco, pois a grande mostra que se seguiu depois representa toda esta vontade de Portugal de mostra seus vinhos ao Brasil e que venham mais eventos com esta qualidade.
Nuno Vale, Director de Mkt e Sónia Vieira, área manager ambos da ViniPortugal, junto à Cristina Neves, escolhida para assessorar o evento, nos levaram para uma viagem, que mais do que nos ensinar as diferenças de terroirs e de conceitos, mostram como verdadeiramente o amor e novas tecnologias podem se unir à tradição e história dos vinhos de Portugal.
Até o próximo brinde!
Divino Guia – Álvaro Cézar Galvão
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