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“Berlin Alexanderplatz” abre mostra Kino em Janeiro, em sala e em streaming

18-12-2020 - Redacção

Nesta edição, mantém-se a atribuição do Prémio do Público, criado pelo Goethe-Institut Portugal em parceria com o Turismo da Alemanha. O prémio tem como objetivo homenagear as primeiras e segundas longas-metragens de cineastas apresentadas na KINO, que representam uma maioria na programação deste ano.

De 21 a 27 de janeiro de 2021, a KINO — Mostra de Cinema de Expressão Alemã está de regresso com uma seleção de 18 longas-metragens oriundas da Alemanha, Áustria, Suíça e Luxemburgo que se destacaram nos grandes festivais internacionais. Nesta que é a sua 18.ª edição, a iniciativa promovida pelo Goethe-Institut Portugal em colaboração com as embaixadas dos países participantes, apresenta a totalidade da programação no Cinema São Jorge, em Lisboa, e também em  streaming , numa parceria com a Filmin.pt.

Apostando numa programação eclética e estimulante, a Mostra abre com a estreia nacional do filme sensação da última edição da Berlinale,  Berlin Alexanderplatz , de Burhan Qurbani, protagonizado pelo ator luso-guineense Welket Bungué. Trata-se da atualização de um dos maiores romances da literatura alemã, a obra homónima de Alfred Döblin, já adaptada por Rainer Werner Fassbinder na épica série de televisão com o mesmo nome. Desta feita, em vez de um ex-presidiário, os espectadores acompanham a descida aos infernos de um refugiado africano numa Berlim dos dias de hoje.

Berlin Alexanderplatz, de Burhan Qurbani

A secção  Visões , que inclui obras de realizadoras, realizadores e elencos já consagrados, apresenta também o western contemporâneo de cariz feminista  Flatland , de Jenna Cato Bass, uma co-produção do Luxemburgo que funde género e road trip para retratar o empoderamento de três mulheres na África do Sul,  My Little Sister  ( Schwesterlein ), da dupla suíça Stéphanie Chuat e Véronique Reymond, um drama íntimo que através de uma delicada história de doença terminal aborda igualmente a abnegação feminina, com um elenco de luxo liderado por Nina Hoss e Lars Eidinger,  Stroke of Luck  ( Glück gehabt ), de Peter Payer, uma comédia negra austríaca que surpreende até o protagonista com uma improvável história de amor, e  Cortex , a primeira obra de realização de um dos atores favoritos do público alemão, Moritz Bleibtreu, num thriller psicológico inspirado em obras inesquecíveis de realizadores de culto.

A secção  Perspetivas , marcada pela irreverência e inspiração das primeiras ou segundas longas-metragens de realizadoras e realizadores de expressão alemã, inclui filmes como  No Hard Feelings  ( Futur Drei ), de Faraz Shariat, no qual um jovem gay, alemão, filho de exilados iranianos, encontra num casal de irmãos refugiados uma singular afinidade a três,  You Tell Me  ( Sag Du Es Mir ), de Michael Fetter Nathansky, que envolve o espectador numa tragicomédia entre vítimas e culpados, ou  Cocoon  (Kokon), de Leonie Krippendorff, que acompanha uma jovem de 14 anos na descoberta de um admirável mundo novo num verão quente berlinense.

Becoming Black / Rushlake Media GmbH

A Mostra conta ainda com uma secção de Documentários premiados, na qual se destacam a viagem que Ines Johnson-Spain empreende em Becoming Black para confrontar as suas origens, apercebendo-se das consequências que a negação e preconceito tiveram na sua existência numa RDA que fechou os olhos face a todas as diferenças, e a complexa abordagem multi-dimensional disfarçada de comédia no filme In the Name of Scheherazade or the First Beergarden in Teheran (In the Name of Scheherazade oder der erste Biergarten in Teheran), de Narges Kalhor, sobre a construção de identidade e alteridade — na vida, como artista, e em particular na Alemanha.

Os filmes selecionados têm em comum uma forte componente política e social, assim como um foco temático em torno do conceito de “pertença” (em alemão, Heimat ou Zugehörigkeit), mostrando novas perspetivas sobre a construção de identidade, tanto do ponto de vista individual como regional ou até nacional, passando pelo ponto de vista do migrante ou por aspetos linguísticos, culturais ou sexuais. Através de narrativas vibrantes e originais, os filmes apresentados vão para além dos estereótipos e conseguem desconstruir lugares-comuns.

A programação é assegurada pela atual programadora cultural de cinema do Goethe-Institut Portugal, Teresa Althen, e por Susana Santos Rodrigues, que colabora na programação dos festivais de cinema de Roterdão e Bildrausch, integrou o comité de seleção do Festival do Rio de Janeiro e foi delegada de programação latino-americana no Festival de Karlovy Vary e no Festival Cinéma du Réel.

A programação completa da KINO – Mostra de Cinema de Expressão Alemã pode ser consultada no site do Goethe-Institut Portugal brevemente.

Fonte: Comunidade Cultura e Arte

 

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