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9 livros que podes oferecer no Natal

11-12-2020 - Redacção

Mesmo que a pandemia persista em nos manter fechados em casa, o Natal está finalmente a aproximar-se e, com isso, a oportunidade de poder oferecer livros aos nossos amigos e familiares, ou mesmo a nós próprios. Se, com isso, for também possível ajudar as várias livrarias que têm sentido dificuldades ao longo de todo este ano, melhor.

Não Mais Amores, de Javier Marías

O mais recente volume da obra deste genial romancista espanhol, Não Mais Amores junta num mesmo livro todos os contos de Javier Marías. O que nos espera é o mesmo universo a que estamos habituados, histórias cheias de sombras, máscaras e mistérios, interrogações e dúvidas.

Latim do Zero, de Frederico Lourenço

Durante a pandemia, Frederico Lourenço começou uma página de facebook com o objectivo de, como o nome indica, ensinar Latim a quem é leigo no assunto. Sempre de forma pragmática, pegando em exemplos da literatura clássica, vão aos poucos sendo criadas as bases gramaticais capazes de permitir a alguém passar de leigo a leitor de originais de Virgílio.

Rapariga, Mulher, Outra, de Bernardine Evaristo

Vencedor do Booker Prize 2019 juntamente com Os Testamentos, de Margaret Atwood, Rapariga, Mulher, Outra segue a vida de 12 personagens, maioritariamente mulheres negras, ao longo de diferentes décadas que se intersectam umas às outras. A condição feminina e negra são temas inevitáveis num livro que mostra a diversidade e interseccionalidade dentro de categorias que à partida se poderiam apresentar como simples.

Embriagai-vos, antologia de poemas em prosa de autores franceses

Indo buscar o seu título a um poema de Baudeleire, este belo volume publicado pela Flop reúne uma série de poemas selecionados e traduzidos por Regina Guimarães que percorrem a história da poesia em prosa, ilustrando-nos a génese e a evolução deste género literário inicialmente ostracizado e posteriormente tão influente na poesia mundial.

Betão, de Thomas Bernhard

Um dos mais incontornáveis autores do séc. XX, o austríaco Thomas Bernhard escreve, neste Betão, na pele de um musicólogo incapaz de escrever a biografia de um tal de Mendelssohn Bartholdy. Como é seu hábito, o que se segue é um caótico relato de tudo o que o rodeia, fel e rancor distribuídos por tudo e todos à medida que o próprio narrador avança no seu processo mental. É inegável a densidade da prosa, mas como poderia não ser denso estar dentro da cabeça de alguém em profundo sofrimento?

Coisas de Loucos, de Catarina Gomes

Muito pouco é público sobre aqueles que, durante anos, ocuparam lugares de asilo pelo país, ostracizados, e muitas vezes encarcerados, por serem quem eram. Juntando vários artigos que a autora escreveu para o jornal Público no final de 2019, Coisas de Loucos é um livro ambicioso porque o próprio projecto o é: buscar a humanidade em quem, em vida, fora tratado de forma animalesca.

Ética, de Espinosa

Espinosa não é apenas um dos filósofos mais importantes do séc. XVII, é mesmo um dos mais importantes filósofos ocidentais, completamente incorporado em tantos dos maiores pensadores que a ele se seguiram. A Ética é a sua obra fundamental, um tomo organizado em proposições, demonstrações e escólios onde o filósofo identifica Deus com a Natureza no seu todo e nega, de certa maneira, a distinção entre mente e corpo que outros, como Descartes, haviam feito.

As Planícies, de Gerald Murnane

A editora Bazarov caiu como um pedregulho no centro de um charco de água parada. O risco de afundar é grande, dada a ambição que lhe está subjacente, mas é inegável que agitou todo o meio com o seu já extenso catálogo em tão pouco tempo de existência. As Planícies é um dos títulos já publicados, clássico contemporâneos da literatura australiana, até agora inédito em Portugal. Acompanhando um realizador numa viagem ao interior da Austrália, é um pequeno livro profundamente imagético, quase impressionista.

Duna, de Frank Herbert

A mais recente reedição de um dos maiores clássicos da ficção científica vem provavelmente a reboque da futura adaptação cinematográfica encabeçada por Denis Villeneuve, mas qualquer uma é boa oportunidade para este colosso passado no planeta desértico onde as mais duras condições de vida convivem com a especiaria mais importante do universo. Por entre traição e ambientalismo, os anos não retiraram a Duna o seu valor. E fica também, já agora, a recomendação do mítico jogo de tabuleiro inspirado na obra.

Fonte: Comunidade Cultura e Arte

 

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