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Cinema. Distribuidoras pedem adiamento da reabertura de salas

29-05-2020 - Espalha-Factos

A  Associação Portuguesa de Defesa de Obras Audiovisuais  ( FEVIP ) pediu ao  Governo  e ao  Instituto de Cinema e Audiovisual  (ICA ) o adiamento da reabertura das salas de cinema para o dia  2 de julho . As distribuidoras garantem que, em junho, data autorizada para reabertura pelo Governo, não há novos filmes para distribuir.

Dentro das medidas do plano de desconfinamento, o Governo autorizou a reabertura das salas que promovem o cinema comercial a partir do dia 1 de junho. No entanto, as distribuidoras de cinema garantem não ter filmes novos para distribuir, visto dependerem do circuito de estreias internacional.

“A disponibilidade dos filmes está atrasada e dependente da abertura dos mercados internacionais, como é o caso dos EUA. Esta disponibilidade só é esperada para o mês de julho, se as condições sanitárias o permitirem”,  declarou  António Paulo Santos , diretor-geral da FEVIP, numa carta endereçada aos representantes portugueses.

Na mesma missiva, António Paulo Santos revelou que a proposta de reabertura a partir do dia 1 de Junho foi  “uma surpresa” , uma vez que a  FEVIP  nunca foi consultada em relação à medida que, no seu ponto de vista, é  “absolutamente despropositada e irrealista” .  “Reabrir as salas sem novos filmes equivale a ter um supermercado com as prateleiras vazias ou cheias de produtos cujo prazo de validade já passou” , acrescentou.

Para além disso, António Paulo Santos garantiu, em entrevista à  RTP3  este domingo, que muitos dos cinemas estão em centros comerciais e que não existem dez a 20 filmes com potencial para preencher as salas e atrair o público.  “Se não tivermos produto e não abrimos as salas, nos centros comerciais temos que pagar multas” , declarou, relembrando que a reabertura do negócio só será viável se for garantida uma lotação mínima de 50%, respeitando o distanciamento social.

Apesar de tudo, a  FEVIP  sublinhou que a proposta de adiamento para o dia 2 de julho não incapacita a reabertura a 1 de junho dos cinemas de circuito alternativo que  “assim o pretenderem” .

Por exemplo, o Cinema Ideal, em Lisboa, anunciou a reabertura em junho, com a reposição de  Retrato da Rapariga em Chamas , de Céline Sciamma, que estreou a 12 de março e esteve pouco tempo em exibição. A este juntam-se dois documentários que estavam programados para assinalar os 75 anos do fim da Segunda Guerra:  Quem Escreverá a Nossa História  e  Uma Vida Alemã .

Quanto ao cinema comercial, a carta de António Paulo Santos ao Governo e ao  ICA  revelou que depende de filmes de grande audiência. A  FEVIP  e várias distribuidoras depositam assim esperanças em Tenet, o novo filme de  Christopher Nolan , que tem a estreia prevista para o dia 17 de julho, em Portugal.

Artigo escrito por Diogo Silva e originalmente publicado em Espalha Factos.

Fonte: Comunidade Cultura e Arte

 

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