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Mais de 200 figuras públicas assinam manifesto “contra o regresso à normalidade”

15-05-2020 - Cinema 7ª Arte

Mais de 200 figuras públicas, entre elas Robert De Niro, Juliette Binoche, Cate Blanchett e Joaquin Phoenix, assinaram um manifesto “contra o regresso à normalidade”, uma carta aberta publicada no jornal francês  LeMonde .

A carta aberta foi dirigida  aos líderes mundiais e cidadãos de países de todo o planeta para que evitem desastres ecológicos.  Com o título “Não a um regresso à normalidade”, o texto pede por mudanças profundas nos estilos de vida da sociedade, do consumo e das economias dos países, aproveitando lições aprendidas durante a pandemia de coronavírus (Covid-19).

Entre os signatários encontram-se mais de 200 artistas, cientistas e líderes:  Juliette Binoche, Robert De Niro, Cate Blanchett, Joaquin Phoenix, Alfonso Cuarón, Jane Fonda, Barbra Streisand, Ralph Fiennes, Madonna, Iggy Pop, Rooney Mara, Marion Cotillard, Adam Driver, Alejandro G. Iñárritu, Jim Jarmusch, Paolo Sorrentino, Mikhail Baryshnikov, Pedro Almodóvar, Guillaume Canet, Penelope Cruz, Spike Jonze, Hirokazu Kore-eda, Nathalie Baye, Monica Bellucci, Willem Dafoe  e  os físicos  Aurélien Barrau  e  Albert   Fer .

Segue em baixo o texto completo da carta, publicada no  Le   Monde :

“A pandemia do COVID-19 é uma tragédia. Essa crise, no entanto, está a convidar-nos a examinar o que é essencial. E o que vemos é simples: “ajustes” não são suficientes. O problema é sistémico.

A catástrofe ecológica em andamento é uma meta-crise: a extinção maciça da vida na Terra não está mais em dúvida, e todos os indicadores apontam para uma ameaça existencial directa. Ao contrário de uma pandemia, por mais grave que seja, um colapso ecológico global terá consequências imensuráveis.

Portanto, apelamos solenemente aos líderes – e a todos nós os cidadãos – para deixar para trás a lógica insustentável que ainda prevalece e para realizarmos uma profunda revisão dos nossos objetivos, valores e economias.

A procura pelo consumismo e uma obsessão pela produtividade levaram-nos a negar o valor da própria vida: o das plantas, o dos animais e o de um grande número de seres humanos. A poluição, as mudanças climáticas e a destruição das nossas zonas naturais restantes levaram o mundo a um ponto de ruptura.

Por estes motivos, juntamente com o aumento das desigualdades sociais, acreditamos que é impensável “voltar ao normal”.

A transformação radical de que precisamos – a todos os níveis – exige ousadia e coragem. Isso não vai acontecer sem um compromisso massivo e determinado. Devemos agir agora. É tanto uma questão de sobrevivência como uma questão de dignidade e coerência.”

Artigo escrito por Tiago Resende e originalmente publicado em Cinema7Arte.

Fonte: Comunidade Cultura e Arte

 

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