Muitos de nós interrogamo-nos para onde vão os descontos que nos fazem para a Segurança Social e para a Autoridade Tributária (IRS) e eu faço parte desses cidadãos.
Não sei para onde vai o meu dinheirinho mas as boas mãos não vai, a avaliar pelos perdões fiscais que se fazem e pelas regras que sistematicamente se fazem para pior na Segurança Social, por isso onde andam os nossos descontos?
A tapar as dividas que são perdoadas aos mais poderosos e que se mexem nos mercados financeiros e por aí a fora, lamentavelmente quando qualquer cidadão simples e comum cidadão se atrasa ou se esquece em pagar qualquer dos descontos mencionados para as entidades mencionadas anteriormente, esses não recebem logo cartas ameaçadoras e são punidos de uma maneira ou de outra, quero eu dizer monetariamente ou são enviados para julgamento e ali são sentenciados sem dó nem piedade, os grandes devedores passeiam-se sem ninguém os incomodar, era o que faltava.
É este o conceito de democracia que foi criado ao longo de 45 anos, uma pouca-vergonha como dizem alguns.
O Estado neste aspecto revela-se como uma pessoa que não é de bem porque altera as regras do jogo quando muito bem quer e lhe apetece, refiro-me às duas tributações a que estamos sujeitos Segurança Social e Autoridade Tributária, no que concerne ao primeiro para sustentar quem não desconta alteram as regras a seu belo prazer. Eu quando comecei a trabalhar podia-me reformar aos 65 anos de idade e com 40 anos de descontos para ter 80% dos melhores vencimentos auferidos na minha carreira contributiva, agora não contam apenas os últimos 15 anos sejam eles bons ou maus, introduziram um factor de sustentabilidade de difícil explicação e o cidadão o que é que tem que fazer contribuir, descontar, mesmo que não queira, porque nunca lhe colocaram a alternativa de ele colocar o valor correspondente que desconta mensalmente na constituição de um Plano Poupança Reforma, porque ao final de uma série de anos teria com certeza o dinheiro para ter uma reforma digna, com o sistema instituído apenas estamos a ser solidários e a alimentar um sistema que muda para o lado que o vento sopra.
No que se refere há Autoridade Tributária (IRS) acontece a mesma coisa descontamos, descontamos, para quê, qual é o beneficio que os sucessivos governos dão há sociedade portuguesa, se não fossem os fundos comunitários a tapar algumas das brechas e abrirem outras no que concerne ao gasto dos mesmos estávamos num estado perfeitamente lastimável.
Chegámos a um ponto que não tem retorno, ou teria se de facto se tomassem as medidas que são tecnicamente desejadas como o que se adivinha são medidas semelhantes ao governo da anterior legislatura, não se vão ver melhoras nenhumas, antes pelo contrário a situação do País e consequentemente a dos cidadãos vai-se agravar, aliás a anunciação de medidas que não são para ser cumpridas já começaram.
Uma última nota os meios de comunicação social tem escrito e debitado que desta vez o Costa acabou com um governo composto por famílias, mas só não se diz ou afirma que o governo em causa passou a ser composto por amigos, (compadrio) e até consegue albergar uma ex-candidata pelo PPD/PSD, sim isto é que é pluralismo democrático, queriam melhor não podia ser.
Ai Costa, Costa, com que linhas te coses ……………tu.
Henrique Pratas