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PORTAL DAS FINANÇAS
05-04-2019 - Henrique Pratas

Não será pelos melhores motivos que vou escrever sobre este tema, mas apesar disso não quero deixar passar em claro o que se passou no dia 01 de abril de 2019.

Como é conhecimento de todos a Autoridade Tributária e os membros do Governo anunciaram com pompa e circunstância que a partir de ontem todos os contribuintes poderiam submeter por via eletrónica o seu IRS referente ao ano de 2018 e passados 11 dias o contribuinte seria reembolsado, se fosse o caso.

Ontem foi o bom e o bonito ninguém conseguia aceder há plataforma que a Autoridade colocou à disposição dos contribuintes para apresentarem a sua declaração de IRS, o sistema estava constantemente a ir abaixo, ou a dar erros de acesso sistematicamente, resumindo e concluindo, quem ontem quis cumprir com as suas obrigações legais não conseguiu porque o sistema, não foi concebido para tanta afluência, é o nosso mal não conseguimos pensar em grande, estamos limitados a pensar pequenino e ninguém nos livra dessa chaga, o que é que havemos de fazer, é esta a nossa sina, e assim será por muitos e bons anos.

Tenho conhecimento que nem os próprios funcionários da Autoridade Tributária tiveram acesso ao sistema com a regularidade necessária e suficiente para prestar o seu serviço. Quem teve a ousadia de ligar para o centro de atendimento da Autoridade Tributária, 217.206.707 e fez as opções para solicitar ajuda no preenchimento recebeu como resposta gravada “ devido ao elevado número de chamadas não nos é possível atender a sua chamada, por favor ligue-nos mais tarde”, mais tarde quando se os serviços encerram às 19 horas.

Esta é a imagem de um País em que os seus Governantes anunciam aos sete ventos que tudo funcionam e quando se vai utilizar o que supostamente deveria funcionar convenientemente, somos confrontados com uma realidade completamente diferente, isto é nada funciona como esperávamos, mas é esta a nossa sina em tudo o que se faz neste País o que é que havemos de fazer, nada escrevo eu, porque as coisas foram assim e sempre serão não temos uma visão ampla, colocaram-nos umas palas ao lado dos olhos como faziam aos burros para tirar água das noras, quando estas existiam, porque agora estamos muito mais evoluídos e já não utilizamos estes métodos, nem outros porque a água escasseia.

Uma vez mais ontem ficou demonstrado que neste País nada funciona convenientemente e se existe alguma coisa que funcione é porque ainda existem pessoas que são profissionais e que gostam de fazer parte da solução e não do problema, a nossa sorte é bater com a pessoa certa, até nisto é preciso ter “sorte”.

Mais qualquer plataforma que tivesse a terminação gov.pt, não funcionava convenientemente, caso da ADSE, quem quis aceder há referida plataforma no dia de ontem não conseguiu e a outras mais.

Isto só demonstra a capacidade dos seres pensantes que concebem um sistema informático destes e que não pensam que em determinados momentos a afluência poderá ser muito superior àquilo que se designa por afluência média. É assim quem pensa quem concebe estes programas, talvez por uma economia de custos e não para satisfazer os contribuintes.

Se o Marquês de Pombal tivesse concebido a Baixa Pombalina desta forma já há muito tempo que as diferentes ruas teriam que ser alteradas, correu um risco há época pensou em grande e mandou construir as diferentes artérias como imaginava, correu um risco, o de colocarem a cabeça na guilhotina, mas a vida é feita de riscos e a Baixa Pombalina lá está para “lavar e durar”, é certo que nos dias de hoje já não escoa tanto trânsito como quando foram concebidas, mas o que é certo é que por muitos e bons anos deu resposta às necessidades.

Henrique Pratas

 

 

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