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Questões Oportunas

INDIGNAÇÃO
22-06-2018 - Henrique Pratas

É com muita tristeza que vos escrevo este texto. Todos nós sabemos o que se está a passar com os emigrantes clandestinos, arriscam as suas vidas vindas dos Países Africanos, onde a fome, a miséria e a guerra grassam e as condições de vida são paupérrimas.

Assistimos na semana que passou ao triste episódio de a Itália e Malta terem recusado a atracagem de um navio de uma Organização Não Governamental (ONG) para por a salvo os emigrantes que recolheram de balsas e “flutuadores” improvisados com o intuito para procurarem melhores condições de vida, o que é legitimo a luz do direito internacional dos direitos humanos, cumprindo todos as regras consagradas para o efeito.

Tanto um como outro País recusaram a atracagem do navio, invocando razões que se prendiam com o facto de já terem acolhido mais emigrantes provenientes daquelas zonas do globo do que o que estava inicialmente previsto. Importa aqui deixar claro que o navio solicitou a atracagem por questões de segurança, pois não reunia as condições mínimas de segurança exigidas para poder continuar a navegar

Esta matéria foi tratada pelas diferentes organizações Mundiais e Europeias para o efeito e foram estabelecidas regras e formas de procedimento a serem tomadas pelos diferentes Países envolvidos.

Com esta recusa criou-se uma situação de risco de vida para os seres humanos que procuravam com o risco da própria vida melhores condições de vida, principalmente nos Países Europeus, pelo simples facto de nos Países de onde são oriundos a Comunidade Internacional apesar de todos os esforços desenvolvidos não conseguirem reunirem as condições para que haja Paz e se criem níveis de desenvolvimento que permitam fixá-las no País de onde são oriundas, quem é que gosta de se ver longe do País que o viu nascer? Nós portugueses temos que nos recordar que muitos de nós tiveram que nos anos 50 até 74 tiveram que emigrar para procurar melhores condições de vida, trabalho e não participar numa guerra que não era a deles, convém lembrar que há muito pouco tempo vimos partir e continuamos a ver, alguns jovens e não tão jovens à procura de trabalho, porque neste País não se criam postos de trabalho nos setores que acrescentam valor à economia portuguesa. Ora se entendemos que é legítimo que os nossos concidadãos tomem esta atitude, porque é que os povos mais fustigados pela guerra e pela pobreza não o façam, foram os Países desenvolvidos que criaram este desequilíbrio por diversas razões que me escuso de elencar, mas que são sobejamente conhecidas e que alguns designam por interesses.

Esta situação resolveu-se com a disponibilidade da cidade de Valência em acolher os refugiados, mas convém lembrar também que o navio para chegar a bom porto teria que percorrer 1.500 milhas náuticas e ele não reunia as condições para o fazer em segurança e foi necessário que o transbordo dos emigrantes fosse feito para outros dois navios, que os transportassem ao porto de destino em segurança e com os aconchegos considerados como essenciais para o efeito. O facto é que eles chegaram a porto seguro passado por estas peripécias todas que lhes acabei de descrever, uns chegaram mal e muito debilitados, foram necessários cuidados médicos urgentes para que o pior não acontecesse, outros chegaram menos mal mas devastados pala longa e demorada “viagem” que tiveram que realizar em condições muito precárias.

A par desta situação assunto no outro canto do mundo a um Presidente dos Países mais ricos do mundo a tomar medidas que considero inconcebíveis, inacreditáveis, o que quer que sejam mas inajetiváveis.

Concretizo o Presidente dos Estados Unidos da América decidiu separar os filhos de origem mexicana dos seus pais com a mesma origem.

Ao ler esta notícia e comparar as situações sobre as quais vos estou a escrever questiono-me em que mundo é que estamos a viver, num lado não existe solidariedade com os mais desfavorecidos, noutro separam-se filhos dos pais desde que sejam de origem mexicana, e questiono-me onde é que vamos parar com medidas destas e que Mundo estamos a criar com medidas destas.

Será que a intenção é acabar com a raça humana, seja ela que de que cor seja ou de nacionalidade, será que vamos ter daqui um Planeta Terra completamente deserto ou apenas com alguns seres humanos que por esta ou aquela razão conseguem sobreviver a esta desordenação espacial.

Todos os atos que acabei de descrever são perfeitamente deploráveis e questiono a razão da existência de tantas Organizações/Instituições que tem como missão “zelar” e proteger os chamados direitos humanos, isto acontece com a existência destes organismos, o que seria se os mesmos não existissem.

Com isto questiono a “existência” destas Instituições internacionais e nacionais, será mais umas das coisas que foram criadas para “inglês” ver, relembro que António de Oliveira Salazar em 1947, também subscreveu a Carta dos Direitos Humanos.

Henrique Pratas

 

 

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