De acordo com o Jornal de Notícias de 28 desta semana e em outros órgãos de comunicação social, veio a lume a notícia da existência de professores universitários de instituição de ensino superior público a trabalharem de borla… de graça… grátis… sem serem remunerados. Instituições que são sustentadas com os impostos dos portugueses, além de que os alunos, à revelia do consagrado na Constituição da República, pagam propinas elevadas e outras alcavalas que em alguns casos são verdadeiramente obscenas. Portanto, esta cena é obscura…
Acrescenta o citado vespertino que só no ano de 2014 foram registados 174 casos.
Temos conhecimento que o mesmo se passa em escala que se presume muito maior, em instituições de ensino superior privado.
Também temos conhecimento de professores em princípio de vida laboral que se sujeitam a esta forma de escravatura moderna para, «fazerem curriculum».
Pensamos que razão alguma existe numa sociedade civilizada que justifique esta miserável e pornográfica forma de exploração laboral. Em Portugal, país inserido numa dita Comunidade Europeia, esta é uma forma de escravatura humana só passível em países subsarianos.
Aos professores que sujeitam a esta exploração esclavagista relembramos-lhes um velho ditado português: «De graça/nem o cão vai à caça». Claro que este ditado surgiu nos tempos em que os portugueses primavam por caminharem na posição ereta, como é timbre no Homo Erectus…
Quanto ao Ministério da Educação, perguntamos ao seu responsável máximo e correlativos apêndices, se acaso tem conhecimento deste cenário miserável, indecente e abjeto a todos os níveis?